
Prefeito tiktoker debocha da PF após operação em sua casa "Acharam Nutella"
Rodrigo Manga, investigado por suposto esquema de desvio de milhões na saúde, vira piada nas redes após ironizar ação da Polícia Federal
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Conhecido por sua presença nas redes sociais e por arrancar risadas com vídeos irreverentes no TikTok, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), virou o centro das atenções por um motivo bem menos divertido: ele foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga um possível esquema de corrupção milionário na saúde pública. Mas, em vez de silêncio ou explicações, ele preferiu fazer piada. E, claro, publicar na internet.
Em um vídeo postado logo após a ação da PF em sua residência, Manga zombou da situação e disse: "Foi eu lançar minha pré-candidatura à Presidente da República, pontuar em terceiro lugar nas pesquisas internas, em segundo lugar para o governo do estado, que mandaram a Polícia Federal aqui em casa por causa da ‘denúncia da denúncia da denúncia’ e acharam algumas coisas aqui em casa: bolo de cenoura, Nutella e o Pokémon que o meu filho tanto ama”.
A resposta debochada repercutiu de forma explosiva nas redes sociais, gerando revolta em parte da população e aplausos de seus seguidores mais fiéis. A operação da PF, batizada de “Copia e Cola”, foi deflagrada na manhã de quinta-feira (10) com objetivo de desmontar uma organização acusada de desviar recursos da saúde pública. Os agentes vasculharam a sede da Prefeitura, a casa e o gabinete de Manga, além de outros endereços ligados à gestão.
Apesar da tentativa do prefeito de transformar o escândalo em conteúdo, os números não são nada engraçados: R$ 600 mil foram apreendidos durante a ação e a Justiça já determinou o bloqueio de R$ 20 milhões. A investigação também envolve nomes de peso da antiga gestão, como os ex-secretários Vinícius Rodrigues (Saúde) e Fausto Bossolo (Governo e Administração), este último já condenado por superfaturamento na compra de um prédio que abrigaria a Secretaria de Educação.
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Ao todo, 28 mandados de busca e apreensão foram expedidos, atingindo 13 cidades em São Paulo e na Bahia. Apesar do volume da operação, não houve mandados de prisão — por enquanto.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.