Educando Seu Bolso
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Qual o melhor planejamento de aposentadoria para você?

Cada pessoa sonha com uma aposentadoria diferente. Entenda os principais métodos de planejamento e descubra o que realmente faz sentido pra você.

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Por Alexia Diniz

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Você já parou pra pensar como quer viver depois de parar de trabalhar?  Tem gente que sonha com viagens, outros com a casinha no interior, e alguns só querem paz e sossego, tipo “não quero mais saber de boleto”.

Mas a verdade é que, pra qualquer um desses planos dar certo, o dinheiro precisa acompanhar o sonho. E não existe um único caminho pra isso. Existem vários métodos de planejamento para aposentadoria, cada um com sua lógica, vantagens e pontos de atenção.

Vamos te apresentar os principais e, mais importante, mostrar que o melhor método é aquele que faz sentido pra você.

Método 1-3-6-9: o jogo dos múltiplos de salário

Essa regra é tipo uma gincana financeira com checkpoints ao longo da vida.  A ideia é acumular uma certa quantidade de salários até determinadas idades. Por exemplo:

  • Aos 30 anos, ter guardado o equivalente a um salário anual.

  • Aos 40, três salários anuais.

  • Aos 50, seis salários anuais.

  • Aos 60, nove salários anuais.

Simples, né? A teoria é boa pra quem gosta de metas claras e visuais. O problema é que ela não considera a realidade de cada um.

Tem gente que começa a poupar aos 20, tem gente que só consegue respirar financeiramente aos 35. E ainda tem quem mude de carreira no meio do caminho, ou tenha períodos sem renda fixa.

Use o 1-3-6-9 como referência, não como cobrança. O importante é começar a guardar o que dá, quando dá, e aumentar o esforço conforme sua renda permitir.

Método do percentual da renda por idade: o “quanto eu já deveria ter”

Esse método funciona quase como um espelho do tempo. Ele mostra quanto da sua renda anual você deveria ter poupado até determinada idade, considerando o momento em que começou a planejar.

Por exemplo:

  • Aos 30 anos, algo entre 50% e 100% da sua renda anual acumulada.

  • Aos 40, algo entre 2 a 3 vezes sua renda anual.

  • Aos 50, entre 4 e 6 vezes.

  • Aos 60, entre 8 e 10 vezes.

É um método que faz mais sentido pra quem já tem um padrão de renda mais estável.

Mas, de novo: não é uma corrida contra o tempo. A ideia é ajudar a visualizar se você está no caminho e não te fazer sentir atrasado. Até porque a vida real é cheia de imprevistos: filhos, crises econômicas, e aquele “investimento” duvidoso que não deu certo.

O importante é criar o hábito de poupar. Mesmo que o valor seja pequeno, a consistência vale mais que o tamanho da aplicação.

Regra dos percentuais simples: 10% a 20% da renda

Essa é clássica, e fácil de lembrar. A regra diz que você deve guardar entre 10% e 20% da sua renda líquida mensal para a aposentadoria.

Se você ganha R$4.000, por exemplo, isso significa guardar de R$400 a R$800 por mês.

Parece simples, mas o desafio está na prática: com aluguel, supermercado, transporte, e um ou outro parcelamento de 12 vezes sem juros, sobra pouco.

Por isso, essa regra é boa para começar. Se não der pra guardar 10% agora, tudo bem. Comece com 2%, 5%, o importante é fazer o dinheiro trabalhar para você, e não o contrário.

Configure um débito automático pro investimento antes que você gaste. É tipo esconder chocolate de você mesmo, só que financeiramente.

Regra dos 80 menos a idade: o equilíbrio entre risco e segurança

Essa aqui é pra quem já está investindo e quer entender como dividir o dinheiro entre renda fixa e variável.

A lógica é:

80 - sua idade = porcentagem recomendada em renda variável.

Por exemplo:

  • Se você tem 30 anos, 80 - 30 = 50% em ações ou fundos de risco.

  • Se tem 60 anos, 80 - 60 = 20% em renda variável.

Quanto mais jovem, mais tempo para lidar com os altos e baixos do mercado. Quanto mais próximo da aposentadoria, mais segurança e previsibilidade você precisa.

Mas cuidado, isso é uma régua genérica, não uma fórmula infalível. Tem gente de 60 que ainda curte o sobe e desce da Bolsa e jovem que prefere dormir tranquilo com o dinheiro no Tesouro Direto.

Diversifique e ajuste conforme seu perfil. Não existe carteira “perfeita”, existe a que te deixa dormir em paz.

Outras estratégias que também funcionam

Nem todo mundo gosta de seguir regras numéricas. Para alguns, faz mais sentido pensar no estilo de vida que querem manter e planejar a partir daí.

Algumas alternativas interessantes:

Planejamento reverso

Você define quanto quer receber por mês na aposentadoria e calcula quanto precisa acumular para chegar lá. É o método mais “pé no chão”, porque começa do objetivo e volta pra realidade. Para isso utilize o nosso simulador de aposentadoria.

Previdência privada (com coparticipação da empresa)

Se sua empresa oferece plano de previdência e participa com uma parte da contribuição, abrace essa oportunidade. É literalmente dinheiro do bolso da empresa pra sua aposentadoria.

Investimentos imobiliários para renda passiva

Comprar um imóvel pra alugar ou investir em fundos imobiliários (FIIs) também pode garantir uma renda constante no futuro.
Mas cuidado com a ilusão do “aluguel que paga tudo”. Imóvel dá custo, vacância e manutenção, e FII não é tão previsível assim.

O melhor plano é aquele que combina com seu estilo de vida e tolerância ao risco.

Não é sobre fórmula, é sobre propósito

Sabe aquele ditado “quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho serve”? Na aposentadoria, isso não funciona.

Você não precisa seguir um único método à risca, pode combinar ideias, adaptar percentuais e ajustar conforme as mudanças da vida.

Mais importante do que a regra que você escolhe é a constância. Guardar um pouco todo mês, investir com propósito e entender seus objetivos já te coloca muito à frente da média dos brasileiros, que infelizmente ainda não conseguem poupar para o longo prazo.

Sua aposentadoria não é o fim de uma jornada. É o prêmio por ter aprendido a se organizar.

Ferramentas e ajuda pra colocar tudo em prática

Quer testar qual método combina mais com você? O Educando Seu Bolso tem simuladores, planilhas e comparadores gratuitos que te ajudam a entender quanto precisa guardar, onde investir e como equilibrar o risco de forma simples.

Planejar o futuro pode parecer chato, mas é justamente o que garante liberdade lá na frente — liberdade pra viajar, dormir até tarde ou simplesmente não depender de ninguém pra pagar as contas.

Conclusão: planejar é cuidar de quem você vai ser amanhã

A aposentadoria não é só sobre dinheiro guardado. É sobre ter tempo, liberdade e tranquilidade para viver do seu jeito.

Quando você pensa no futuro, não está apenas fazendo contas, está cuidando da pessoa que você vai ser daqui a 10, 20 ou 30 anos. E essa pessoa vai te agradecer por cada real que você poupou, por cada decisão consciente que você tomou.

Não precisa ser perfeito. Ninguém acerta todas. O importante é dar o primeiro passo, mesmo pequeno, e seguir ajustando no caminho. Porque o tempo passa, os boletos mudam, mas o que realmente fica é a segurança de saber que você se preparou.

Então, antes de dizer “depois eu vejo isso”, respira fundo e pensa:

“Como eu quero viver quando o relógio do trabalho parar?”

A resposta pra essa pergunta é o melhor ponto de partida que existe.

E o Educando Seu Bolso tá aqui pra caminhar junto, sem fórmulas mágicas, mas com muito pé no chão e vontade de ver você bem, hoje e lá na frente.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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