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Por Alexia Diniz
Tudo começou quando decidi correr. Sempre fui do time “só corro se for de boleto”, mas um dia resolvi encarar a pista de verdade. Baixei um app de treinos, comprei um tênis (mais parcelado que meu celular) e fui. Nos primeiros dias, parecia que meus pulmões iam pedir demissão, mas continuei. Fui devagar, sem glamour, suando como quem vê a fatura do cartão vencendo. Meu objetivo era simples: correr 5km sem desmaiar. Depois, vieram os 10km. E entre uma dor na perna e outra no orgulho, percebi que tudo melhora quando você tem uma meta clara.
Foi aí que me caiu a ficha: o que funcionou na corrida também serve pro dinheiro. Porque organizar as finanças não tem nada de maratona com frase motivacional de Instagram, é mais como correr no sol de meio-dia, tropeçar numa dívida antiga, levar uma rasteira de imprevisto e ainda assim continuar. De fôlego curto, às vezes tropeçando, mas com metas financeiras que guiam o caminho e mostram que, aos poucos, a gente chega lá.
Comece com um objetivo claro: o seu “5km financeiro”
Na corrida, ninguém sai do sofá direto pra maratona. Começa com um “vou correr 5km”. Depois, 10km. Depois, 21km. E é nesse “devagar e sempre” que mora o segredo.
Com o dinheiro é igual: quer organizar a vida financeira? Comece pequeno. Primeiro, elimine as dívidas mais pesadas (alô, cartão de crédito rotativo!). Depois, aprenda a controlar os gastos. Mais pra frente, comece a guardar. E por fim, invista. Cada fase é uma etapa desta longa corrida chamada vida adulta.
Sem sacrifício, sem medalha (ou saldo positivo)
Lá fora o ditado é claro: no pain, no gain. E olha, é verdade. Sem dor, não temos ganhos.
Na corrida, abrir mão de algumas horas de sono, de happy hour e até de cozinhar seu prato favorito é o que garante evolução. Com o bolso não é diferente: para alcançar suas metas financeiras, você vai precisar deixar o luxo de lado, pelo menos por um tempo.
Menos delivery, mais marmita. Menos “só 12x sem juros”, mais “vou pensar melhor”. Parece pouco, mas são esses mini sacrifícios que levam à linha de chegada.
A vida vai te derrubar. Mas dá pra levantar (e recalcular a planilha)
Quatro meses treinando e veio a tendinite. Uma lesão no pé que paralisou tudo. Já passou por isso? Você se organiza, se esforça e… pá. Aparece uma despesa surpresa: conserto do carro, tratamento médico, vazamento no teto.
Mas calma: assim como na corrida, nas finanças a gente também reaprende o ritmo. Pode demorar um pouco para retomar, mas o importante é não desistir. Ajuste a rota, reformule suas metas financeiras e continue correndo atrás delas.
Nem tudo é o que parece (inclusive o vizinho “rico”)
Sabe aquela senhorinha que passa por você como se estivesse levitando? Então... no mundo financeiro é igual.
Aquele amigo que vive postando carrão, roupa de grife e viagens internacionais pode estar nadando em dívidas. Enquanto isso, o colega de chinelo e camiseta surrada pode ter investimentos em três continentes. Resultado financeiro é o que acontece no bastidor, não no feed do Instagram.
O sucesso é relativo (e as metas também)
Correr 21km em duas horas foi uma conquista pra mim. Pro meu amigo que faz em 1h40? Decepção. Com as finanças é a mesma coisa.
Sair do rotativo do cartão pode ser o seu troféu. Pro outro, a grande conquista pode ser guardar R$500 por mês. Não importa qual é sua meta, o importante é que ela seja sua. E que esteja conectada com sua realidade, seu esforço e seu ritmo.
Quanto maior o esforço, maior a recompensa
Você pode até não ser maratonista, mas vai perceber que o nível de dedicação influencia diretamente no seu saldo final, seja na corrida ou na conta bancária. Quanto mais foco, menos supérfluo. Quanto mais disciplina, mais resultado.
Dica de ouro: quanto mais você separa desejo de necessidade, mais rápido alcança suas metas financeiras.
Perguntas frequentes sobre metas financeiras
Qual a importância de definir metas financeiras?
Elas funcionam como o percurso da sua corrida: sem elas, você corre em círculos e termina onde começou, no vermelho. Com elas, cada passo tem direção e propósito.
Por que as metas são importantes?
Porque ajudam a transformar o “eu queria” em “eu consegui”. Elas te dão motivação, foco e clareza, tudo que a gente precisa quando o salário não acompanha o boleto.
Quais são os benefícios de estabelecer metas financeiras?
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Priorizar o que realmente importa;
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Evitar gastos por impulso;
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Reduzir dívidas;
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Criar reservas;
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Planejar o futuro sem surpresas.
Como definir metas financeiras de forma eficiente?
Seja específico e realista. Nada de “quero ficar rico”. Comece com “quero guardar R$200 por mês”. E vá aumentando aos poucos, como numa planilha de treino.
Quais metas financeiras podem ser alcançadas com bom planejamento?
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Quitar dívidas caras;
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Construir uma reserva de emergência;
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Trocar de carro sem financiamento;
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Comprar a casa própria com entrada maior;
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Fazer uma viagem sem parcelar no cartão.
Conclusão: correr, planejar, resistir (e repetir)
Planejar metas financeiras é como treinar para uma prova. Você define um objetivo, passa por perrengues, tropeça, mas continua. E quando cruza a linha de chegada (aquela conta zerada, a viagem paga, o fundo de emergência formado), a sensação é a mesma: vale a pena.
Pode não ser rápido, pode não ser fácil, mas com paciência, foco e uma pitada de sacrifício, você chega lá. E o melhor: sem precisar correr dos boletos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.