Paulo Galvão
Paulo Galvão
Jornalista formado pela PUC Minas
DOIS TOQUES

Os dilemas dos rivais mineiros

Leonardo Jardim não demorou a ter a primeira decepção, com a eliminação precoce da Copa Sul-Americana. Mas de um limão ele fez uma limonada

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Como a vida, o futebol é feito de escolhas e a temporada 2025 dos gigantes mineiros prova isso. É preciso saber onde se está para conseguir chegar onde se quer ir.

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Recém-contratado pelo Cruzeiro, o técnico Leonardo Jardim não demorou a ter a primeira decepção, com a queda da equipe ainda na primeira fase da Copa Sul-Americana. Mas de um limão o português fez uma limonada.

“Quando iniciamos (a disputa da Sul-Americana), não queríamos ser eliminados. Mas a verdade é que o Cruzeiro não pode jogar esta competição no futuro, acho que os cruzeirenses também não querem jogar essa competição. Queremos jogar outra, aquela em que estão os melhores (a Copa Libertadores). Por isso que agora temos que estar focados nas outras competições (Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil), de forma a não voltar na Sul-Americana no próximo ano”, declarou ele, ainda em 7 de maio.

A partir dali, o time celeste cresceu de produção até chegar à liderança do Brasileiro. Atualmente, é o terceiro colocado, com chances pequenas de título, mas praticamente já garantiu o objetivo traçado no início da competição, que é assegurar vaga na fase de grupos da próxima edição da Libertadores.

Para completar, segue firme e forte na batalha pelo sétimo título da Copa do Brasil, competição muito apreciada pela China Azul. As chances de chegar à decisão são grandes, ainda que faça o jogo de volta das semifinais, contra o Corinthians, no Itaquerão. Se passar, seguirá como favorito, seja contra Fluminense ou Vasco.

Já o Atlético começou a temporada com grande expectativa, após, teoricamente, reforçar o grupo. A conquista do hexa consecutivo do Campeonato Mineiro animou a Massa.

Mas a coisa começou a desandar quando começou o Brasileiro. O time se mostrou irregular, não conseguiu brigar na parte de cima da tabela de classificação e o técnico Cuca acabou deixando o clube pela incapacidade de fazer o time apresentar o futebol que a torcida – e os donos da SAF – esperavam. Nem o fato de ter eliminado o rival Flamengo nas oitavas de final da Copa do Brasil pesou a favor do treinador.

Para o lugar do paranaense, a diretoria apostou em um velho conhecido, Jorge Sampaoli, também preferido de parte da torcida. Logo de cara, o argentino viu o time ser eliminado pelo maior rival nas quartas do torneio mata-mata.

O treinador conseguiu alguns resultados importantes, como o empate por 1 a 1 no clássico mineiro, pelo Brasileiro, e levou o time alvinegro a passar pelo Bolívar nas quartas da Sul-Americana.

Agora, porém, encara um dilema. Como a zona de rebaixamento volta a assombrar os atleticanos, ele precisa decidir qual a melhor estratégia para garantir a permanência na Série A e também ir à decisão do torneio continental.

O Galo parece ter grupo forte o suficiente para atingir os dois objetivos, mas certamente terá de correr riscos. E é aí que as escolhas de Sampaoli serão fundamentais. Os atleticanos torcem para que ele seja feliz.


Torneio inchados

Durante a ditadura militar que assombrou o Brasil entre 1964 e 1985, havia um lema que misturava política e futebol: “Onde a Arena vai mal, mais um clube no Nacional. Onde a Arena vai bem, mais um clube também”. A citada Arena era o partido político da situação, ou seja, que apoiava o regime de exceção, e usava a paixão nacional para se manter no poder.

Não acredito que os dirigentes da Fifa ou da Uefa conheçam o infame ditado, mas certamente sabem que quanto mais participantes colocarem em suas competições, mais apoio terão. Só isso para justificar o aumento de participantes tanto na Copa do Mundo quanto na Liga dos Campeões da Europa.

Não sou contra democratizar as competições, mas considero que isso, da forma como vem sendo feita, só vai piorar o nível técnico. As goleadas da atual edição da Champions League são a prova.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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