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Angela Mathylde
COMPORTAMENTO E SAÚDE MENTAL

Licença por saúde mental cresce 134% em meio a adiamento de medida NR1

Doenças ocupacionais estão cada vez mais comuns devido à rotina agitada; obrigações e cobranças; prazos; assédios de caráter moral ou sexual, entre outras

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Qual o limite da mente diante de atividades estressantes? A potência varia e o problema atinge grande parte dos brasileiros, situação comprovada pelo índice de afastamento do trabalho por transtornos mentais que cresceu 134% nos últimos dois anos.

Os dados foram apontados pela pesquisa do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, considerando as estatísticas de acidentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelando o salto dos números, de 201 mil casos para 472 mil, entre 2022 e 2024.

Infelizmente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que o estresse é o principal responsável pelos afastamentos acidentários - quando a ausência acontece por acidentes ou doenças ocupacionais, para reabilitação - representando 28,6% dos casos, seguido pela ansiedade (27,4%), episódios depressivos (25,1%) e depressão recorrente (8,46%).

Para se ter uma ideia, em relação aos afastamentos em geral, os episódios depressivos (25,6%), ansiosos (20,9%) e a depressão recorrente (12%) são os mais comuns, respondendo por 460 mil benefícios concedidos, apenas em 2024. Ainda vale alertar que o burnout também é um problema crescente e incapacitante, apesar de, lamentavelmente, não ter sido citado na pesquisa.

O fato é que as doenças ocupacionais estão cada vez mais comuns entre brasileiros, em decorrência de uma série de fatores, como rotina agitada; obrigações e cobranças; prazos; assédios de caráter moral ou sexual, causas que apenas reforçam a necessidade das empresas estudarem e estabelecerem cuidados adequados com a saúde mental de suas equipes.

Contudo, a atualização e aplicação da NR-1, norma que inclui as diretrizes para a saúde no ambiente de trabalho, com especificidades psicossociais, acabou sendo adiada para 2026, devido à pressão dos sindicatos patronais. As novidades incluem a obrigação das empresas de listarem os riscos ocupacionais e ambientais e a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aplicando multas em casos de situações inadequadas.

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A dignidade no trabalho é um direito do empregado e proporciona maior bem-estar, conforto e, consequentemente, um ambiente mais seguro e produtivo. As empresas podem demonstrar preocupação e valorização com seus colaboradores de diferentes formas, começando pelo cuidado com sua saúde mental.

 

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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