Linn da Quebrada internada reforça cuidados com saúde mental entre LGBT's
Em ocorrências como a da cantora, a droga é vista como uma fórmula de escape para sentimentos. Grande questão é que se torna difícil abandonar esse vício
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A notícia de que a cantora Linn da Quebrada estaria dando uma pausa na carreira para cuidar de questões ligadas à saúde mental e ao abuso de substâncias chamou a atenção da internet pela seriedade da situação, que já é tratada há algum tempo.
A verdade é que pessoas da comunidade LGBT+ têm maior probabilidade de sofrerem com questões ligadas à saúde mental, como a ansiedade e depressão. De acordo com um estudo desenvolvido pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, os problemas atingem aproximadamente 50% do grupo.
Além disso, existem todos os fatores ligados ao preconceito. A população LGBTQIAPN+ é considerada uma minoria, que vive em um estresse constante, ou seja crônico, uma vez que sofrem mais risco de violência, sendo na rua, no trabalho e até mesmo em casa.
Para se ter ideia, o Brasil é considerado o país que mais mata LGBTs no mundo, mesmo criminalizando o preconceito e permitindo o casamento e adoção de membros da comunidade. O levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, referente a 2023, apontou 214 homossexuais ou transexuais mortos no Brasil, número 42% maior que em 2022.
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A partir da discriminação e do medo, a probabilidade de desenvolver problemas na saúde mental se torna maior, consequentemente, incluindo ainda, a chance desse grupo optar pela automutilação e, em alguns casos, o suicídio.
Em ocorrências como a de Linn, a droga é vista como uma fórmula de escape para os sentimentos, a grande questão é que se torna difícil abandonar esse vício pela melhora sentida pelo consumo.
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O acolhimento e os cuidados com a saúde mental podem ajudar essas pessoas. A depressão é o mal do século 21, sendo muitas vezes ligada à tristeza, pessimismo e a falta de interesse, mas é muito mais complexa. Assim, a atenção aos sinais, além de, claro, o cuidado com o corpo, mediante o acompanhamento profissional, permite proporcionar melhor qualidade de vida, já que, como já bem cita o ditado popular, quando a mente está sã, o corpo também está.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.