Celina Aquino
Celina Aquino
Formada em jornalismo pela PUC Minas. Começou como estagiária nos Diários Associados e teve passagens por editorias como Polícia, Saúde, Imóveis, Negócios e Emprego. Hoje é especializada em gastronomia e também escreve sobre moda
ACEITO UM DOCE

Não vou esperar o panetone envelhecer

Sempre fico de olho nas sobremesas dos restaurantes e aquela me chamou a atenção

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Faz tempo que o panetone deixou de ser exclusividade do Natal. Mas, assim como o Papai Noel, é nessa época que ele vira o centro das atenções nas mesas e nas conversas. Imagino, inclusive, que você já tenha comprado ou encomendado o seu.

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Nunca fui uma grande fã de panetone. Aliás, detestava. Com o tempo, entendi que não gostava era de panetone ruim. Claro. Aquele com tanta essência que até o cheiro é enjoativo. Ao conhecer massas artesanais e aromatizadas naturalmente, deixei o panetone entrar na minha vida. Mas, não me julguem, continuo a preferir gotas de chocolate a frutas cristalizadas.


Já era dezembro quando comi um pavê de chocotone. Sempre fico de olho nas sobremesas dos restaurantes e aquela me chamou a atenção. Eram camadas de massa, creme branco e cobertura de chocolate dentro de um pirex transparente. Uma ideia simples, mas muito genial. O sabor de Natal pode aparecer de um jeito diferente.


Na semana anterior, tinha experimentado rabanada de panetone em um café da manhã de hotel. A generosa fatia de massa foi servida com zabaione, creme italiano feito com vinho Marsala. Gostei de ver – e comer – duas tradições do Natal juntas.


Isso me fez lembrar que rabanada na França é “pain perdu” (literalmente, pão perdido). A intenção, de brasileiros e franceses, é reaproveitar aquele pão que ficou velho, ressecado e às vezes duro. Por isso, as fatias são mergulhadas em uma mistura de leite, leite condensado e ovos, fritas ou tostadas e polvilhadas com açúcar e canela.


Faz todo o sentido usar o panetone em receitas como pavê e rabanada, mas percebi que não necessariamente é uma questão de reaproveitamento. Funciona, sim, para as situações em que a massa ficou esquecida em casa (ou não saiu no formato padrão, por exemplo, no caso de quem fabrica). Mas, muitas vezes, o panetone é comprado (ou produzido) para aquele fim específico.


Não sei é coincidência, mas a sensação que tenho é que o panetone está mais na boca do povo esse ano. Soube que uma colega de trabalho estava querendo fazer tiramisu de chocotone. A inspiração veio de um vídeo do TikTok. O influenciador ensina a fazer o creme de queijo mascarpone e a calda de café para umedecer a massa. Monta as camadas e finaliza com raspas de chocolate. Expectativas foram criadas.


Como não estou na plataforma de vídeos curtos, minhas buscas são sempre no bom e velho Google. Fui lá para pesquisar o que mais as pessoas estão fazendo com panetones e chocotones e vi algumas receitas de pudim. Por essa não esperava. É a mesma ideia do pudim de pão, que também parte do aproveitamento do pão amanhecido. Vale só dar um reforço nas especiarias para realçar o sabor do Natal. Também fiquei com vontade de provar o sorvete de panetone de massa de baunilha e especiarias com frutas cristalizadas.


Outra invenção que tem lugar garantido nessa época são os chocotone bites, quadradinhos de massa envolvidos por uma cobertura de chocolate. Viraram febre tempos atrás e continuam a aparecer nos cardápios de muitas confeitarias. Esse ano experimentei trufas de chocotone e me apaixonei.


Ouvi de uma padeira que ela coloca uma fatia de panetone na misteira e come com uma camada de manteiga. Não vou esperar o panetone envelhecer para fazer isso. Feliz Natal!

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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