Bertha Maakaroun
Bertha Maakaroun
Jornalista, pesquisadora e doutora em Ciência Política
EM MINAS

Cleitinho pretende concorrer ao governo de Minas

Líder nas pesquisas de intenção de voto, embora não esteja se posicionando publicamente sobre sua eventual candidatura, Cleitinho tem percorrido o estado

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O senador Cleitinho (Republicanos) não quer, neste momento, falar sobre eleições de 2026. “Meu foco é o mandato que o povo de Minas me deu e ainda tem muita coisa para entregar. Eleição é só no ano que vem. Aí sim será a hora certa de conversar sobre isso”, informa por escrito a esta coluna.

Com maior visibilidade e presença nas mídias digitais, sobre eleições, Cleitinho está na muda. Mas interlocutores próximos, da confiança dele, asseguram que o senador será candidato. E mais. Confidenciam que, embora tenha bom relacionamento e apreço pessoal por Mateus Simões (Novo), Cleitinho não gostou das declarações do governador em exercício nesta segunda-feira, em café da manhã com jornalistas. Mateus Simões sugeriu durante o encontro que existe tendência de construção da unidade do campo bolsonarista em torno do seu próprio nome.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, embora não esteja se posicionando publicamente sobre a sua eventual candidatura, Cleitinho tem percorrido o estado ao lado do deputado federal Euclydes Pettersen, presidente estadual do Republicanos, pré-candidato ao Senado Federal.

Apoiadores de Cleitinho consideram que as declarações de Mateus Simões tiveram o propósito de dificultar as conversas para apoiamentos futuros que o senador vem mantendo com prefeitos. Têm a leitura consensual de que a candidatura de Cleitinho tem potencial para inviabilizar o desempenho eleitoral de Mateus Simões, uma vez que Mateus corre no mesmo campo ideológico de viés bolsonarista que Cleitinho, sem contudo ter o alcance do senador, que extrapola essa bolha e dialoga também com eleitores em situação de maior vulnerabilidade social, que tendem a integrar um nicho de perfil mais “lulista”.

Trabalhando para construir a sua candidatura ao governo de Minas, Mateus Simões, que vai assumir o governo no início de 2026 com a esperada desincompatibilização do governador Romeu Zema (Novo), tem por estratégia unificar o campo bolsonarista em torno de seu nome para o desejado enfrentamento ao senador Rodrigo Pacheco (PSD), que agregará apoiamentos da direita moderada à esquerda. Mateus Simões projeta estressar a associação de Rodrigo Pacheco ao presidente Lula (PT), assim atraindo além do eleitor bolsonarista, também o eleitor antipetista.

Por seu turno, a construção estratégica que se desenha para Rodrigo Pacheco se aproxima daquela que elegeu, em Belo Horizonte, o prefeito Fuad Noman (PSD) em 2024: a aliança formal com legendas da direita e do centro político, na expectativa de que eleitores de esquerda, por gravidade, optarão por Pacheco.

Fato é que, neste momento, entre todos os potenciais pré-candidatos, Mateus Simões é o único que já anunciou com todas as letras a sua intenção de concorrer ao governo de Minas. Assim como Romeu Zema corre o país para tentar viabilizar a sua candidatura ao Palácio do Planalto – ou a vice na chapa bolsonarista –, Mateus Simões percorre as cidades do estado tentando se tornar mais conhecido.

Cleitinho e Pacheco não anunciam que concorrerão; nem que não serão candidatos. Mas ambos estão se organizando, ao mesmo tempo em que parecem recitar Leon Tolstói: “Todas as grandes coisas são feitas no silêncio”.

 

A 2ª vaga

Sacramentado o consenso em torno do deputado estadual Alencar da Silveira (PDT) para a primeira vaga ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) de prerrogativa da Assembleia Legislativa, para a segunda vaga, vai se construindo consenso em torno da candidatura da deputada estadual Ione Pinheiro (União). Única mulher entre os postulantes, de 59 anos, Ione atende a um apelo da bancada feminina na Assembleia: seria a primeira mulher a ser eleita ao TCE no plenário do Legislativo. Até hoje, uma única mulher foi conselheira, Adriene Andrade, já falecida. Ela foi indicada à vaga em 2006 pelo então governador Aécio Neves. Coube à Assembleia aprovar a indicação, não fazer a escolha.

 

Data marcada

Enquanto a eleição para a primeira das três cadeiras do TCE irá se iniciar, conforme havia antecipado esta coluna, nesta quinta-feira, para a segunda vaga, o processo é esperado para o segundo semestre. A eleição terá voto aberto.

 

Carnaval

A Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) da Câmara Municipal de Belo Horizonte reprovou parecer de inconstitucionalidade do projeto de lei (PL 298/25), que proíbe a realização de eventos de carnaval próximo a igrejas, hospitais e casas de repouso. Dos cinco vereadores que fazem parte da comissão, apenas dois votaram a favor do parecer assinado pela vereadora Fernanda Altoé (Novo), que salientou que a lei não pode proibir realização de eventos pacíficos em locais públicos.

 

Na CPMI

O deputado federal Rogério Correia (PT) será um dos quatro membros indicados pelo PT para a CPMI das Fraudes do INSS.

 

Praça Fuad Noman

A antiga Praça Independência, que fica entre os prédios do Conjunto Sulamérica-Sulacap, na avenida Afonso Pena, será chamada Praça Fuad Noman. Já aprovada pela Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal, a matéria não precisa passar pelo plenário. Com a derrubada do anexo, adicionado ao conjunto durante a ditadura militar, a praça abriu um horizonte panorâmico ao icônico Viaduto Santa Tereza. Ela foi reinaugurada em 27 de fevereiro deste ano, cerca de um mês antes da morte de Fuad Noman, em consequência de complicações de um tratamento contra o câncer.

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Fomento à cultura

O Ministério da Cultura e o Tribunal de Contas do Estado vão realizar, entre os dias 7 e 8 de julho, seminário “Cultura, Controle e Direito: troca de olhares, saberes e fazeres” para fortalecer a implementação do Marco do Fomento à Cultura e o papel dos órgãos de controle. O Marco Regulatório do Fomento à Cultura foi sancionado em junho de 2024 e representa um avanço na legislação, porque estabelece um regime jurídico próprio e adequado às especificidades do setor da cultura. O seminário busca consolidar a aplicação dessa lei nos estados e municípios, oferecendo segurança jurídica e orientações práticas aos responsáveis pela gestão da política cultural.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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