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Bertha Maakaroun
Bertha Maakaroun
Jornalista, pesquisadora e doutora em Ciência Política
EM MINAS

PBH na mira dos investimentos federais

Os outros R$ 60 milhões serão destinados à construção de dois viadutos, um no encontro do Anel com a BR-040 e o outro com a Via Expressa

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Em meio às caneladas desferidas pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), ao presidente Lula (PT) – que tampouco tem deixado o troco barato –, o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União Brasil), faz o contraponto, na mesma linha política do prefeito licenciado Fuad Noman (PSD). A cidade vai assim colhendo as obras federais semeadas por Fuad, em sua construtiva relação com Lula.

 


Para o Anel Rodoviário – reivindicação que foi trabalhada por Fuad nos últimos anos –, Damião recebeu a confirmação nesta quinta-feira (6/2), em solenidade na Prefeitura de Belo Horizonte, de investimentos da ordem de R$ 110 milhões, dos quais, R$ 50 milhões para o recapeamento e a sinalização vertical e horizontal, antes da municipalização da via, que vem sendo considerada uma avenida a abraçar Belo Horizonte. Os outros R$ 60 milhões serão destinados à construção de dois viadutos, um no encontro do Anel com a BR-040 e o outro com a Via Expressa.

 

 

 

 

Damião recepcionou o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), além dos deputados federais Rogério Correia (PT) e Reginaldo Lopes (PT). Formalizou o convite ao presidente para que venha à capital mineira acompanhar o início das obras: “Os ministros Renan Filho e Alexandre Silveira têm um compromisso e uma missão. Voltar a Belo Horizonte, junto com o presidente Lula, assim que a gente começar as obras no Anel Rodoviário. Que o presidente Lula esteja aqui, que é nosso convidado de forma oficial, para que possa estar em uma dessas máquinas junto conosco”.

 

Além de se beneficiar das obras de duplicação do trecho da BR-381, que demandará desapropriação de mil famílias, a capital mineira está no topo das prioridades de Lula nos próximos dois anos. Fuad estava acompanhado de Damião em sua última visita a Lula em Brasília, em dezembro, quando ouviu do presidente: “Fuad, faça a lista de obras que vamos apoiá-lo”. Esse relacionamento construtivo com o governo federal não impede que a gestão municipal mantenha, igualmente, bom diálogo e colaboração com o governo do estado em benefício dos interesses da população.

 

E tampouco significa alinhamento político automático com as duas esferas. É demonstração de relação republicana. A alternativa é partir para a disputa política em torno inclusive dos bons e necessários investimentos federais – a BR 381 é um deles –, como vem fazendo Zema.
Depois de criticar e se recusar a ir à assinatura do contrato com a concessionária vencedora do certame para a BR-381, em Brasília, viu-se forçado a acompanhar, nesta quinta-feira, a instalação das “máquinas na pista”.

 

Zema, assim, desperdiça oportunidades de reconhecer as boas obras do governo federal; para que a crítica necessária, quando feita, seja levada a sério. É uma questão de escolher as batalhas verbais que valem a pena.

 

Kalil

 

O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (sem partido) será candidato ao governo de Minas. Kalil, que ainda não se filiou ao Republicanos, começará a organizar a sua estrutura de campanha na semana que vem, quando retornar de rápida viagem a Buenos Aires. Animado, Kalil lembra a aliados os resultados da última pesquisa Quaest, divulgada em dezembro, na qual registrou 14% das intenções de voto, em situação de empate técnico com Aécio Neves (PSDB), que teve 15%. Cleitinho apresentou 26% das preferências, Rodrigo Pacheco (PSD), 7% e Mateus Simões (Novo), 2%.

 


Vetos no Rio

 

Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Eduardo Leite (PSDB) e Cláudio Castro (PL), governadores de estados endividados e de oposição ao governo Lula, vão se reunir nesta sexta-feira (7/2), no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, para articular a derrubada de vetos presidenciais ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Entre os vetos que não agradam ao grupo estão a flexibilização do teto de gastos com o pessoal, o dispositivo que previa que a União pagasse parcelas de débitos dos governos locais com entidades internacionais e a medida que autorizava os estados a ceder o fluxo de recebíveis do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), criado no contexto da reforma tributária, para abater a dívida.

 


Posse no TCE

 

Os conselheiros Durval Ângelo e Agostinho Patrus tomarão posse na próxima quinta-feira (13/2) na presidência e vice-presidência do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Entre as autoridades do sistema de justiça e controle que já confirmaram presença estão a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Afrânio Vilela, a ministra substituta do TSE Edilene Lobo, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Corrêa Júnior; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Antonio Anastasia; e o procurador-geral de Justiça, Paulo de Tarso Morais Filho. Do meio político, são presenças confirmadas o governador Romeu Zema (Novo), o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB).

 

Morcego e gambá

 

Um morcego foi filmado nesta quinta-feira (6/2), na Cidade Administrativa, em sala do prédio Minas, próxima ao refeitório. A “captura” mobilizou os funcionários na hora do almoço. Já no prédio do TCE, um gambá se tornou hóspede frequente desde dezembro. Entra sem aviso e se serve do lanche levado pelos servidores.

 


Convergência feminina

 

A construção da unanimidade entre as 15 deputadas estaduais em torno da candidatura de Lohanna (PV) para a liderança da bancada feminina se deu em torno de temas convergentes às parlamentares de diferentes tendências ideológicas. Segundo Lohanna, que integra o bloco de oposição Democracia e Luta, são questões que unem a representação feminina: a violência contra a mulher e a saúde da mulher. “Desde o ano passado, vínhamos organizando a atuação da bancada focando em torno dessas questões”, afirma Lohanna.


Abordagem coletiva

 

“Numa abordagem coletiva, revisamos a pauta do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) e apresentamos emendas para aperfeiçoar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, monitorar o número de homens condenados por violência doméstica com tornozeleira eletrônica e para a construção da política estadual de acolhimento de mulheres em violência”, explica Lohanna. A vice-líder da bancada é Lud Falcão (Pode), especializada em temas da saúde da mulher, integrante do Bloco Avança Minas, da base governista.

 

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