O conhecimento é uma das chaves para a transformação! O Mês do Orgulho é uma excelente oportunidade para reforçar caminhos que podem ajudar a desconstruir expressões e perguntas que perpetuam preconceitos e reforçam estigmas contra a população trans. Confira:
Perguntas inconvenientes e transfóbicas
Vamos começar com as perguntas que, embora possam parecer inofensivas, são profundamente invasivas e desrespeitosas para pessoas trans. Alguns exemplos incluem:
- "Você já fez a cirurgia?": Cirurgias de redesignação sexual são pessoais e privadas. Questionar alguém sobre isso invade sua privacidade e desrespeita sua autonomia.
- "Como você tem relações sexuais?": A vida sexual de qualquer pessoa é um assunto privado. Perguntar sobre isso, especialmente com um enfoque curioso ou fetichista, é desrespeitoso e transfóbico.
- "Como seus familiares reagiram quando você compartilhou que é trans?": Embora possa parecer empática, essa pergunta pode ser traumática para quem enfrentou rejeição ou dificuldades familiares. Prefira oferecer apoio de forma mais generalizada.
Outras expressões que reforçam preconceitos e precisam ser eliminadas
- "Você é um homem ou uma mulher de verdade?"
- "Mas você não parece trans"
- "Isso é só uma fase"
- "Eu nunca conseguiria dizer que você era trans"
- "Você é bonito(a) para alguém trans"
- "Você tem órgãos genitais masculinos ou femininos?"
- "Transgêneros são apenas confusos sobre sua identidade"
- "Não importa o que você faça, sempre será homem/mulher [gênero atribuído no nascimento]"
- "Você está apenas tentando chamar atenção"
- "Mas você era tão bonito(a) antes, por que fez isso?"
- "Isso não é natural"
- "Como você espera que as pessoas te levem a sério?"
- "É só uma moda ou tendência"
- "Eu aceito, mas não quero isso perto dos meus filhos"
- "Não posso chamá-lo(a) por esse novo nome; conheci você como 'nome antigo'"
- "Você não acha que está enganando as pessoas?"
- "Por que você escolheu ser trans?"
- "Mas você já tentou ser hétero?"
- "Você não sente que está indo contra a natureza?"
- "Você vai se arrepender disso mais tarde"
- "Por que você não pode ser apenas gay/lésbica?"
- "Você acha que isso é saudável?"
- "Você não acha que está complicando as coisas?"
- "Você vai receber o castigo divino por isso?"
É importante ressaltar que acolher e respeitar pessoas trans vai além de evitar perguntas inconvenientes; é sobre reconhecer e valorizar a diversidade humana. Eduque-se, assuma a responsabilidade, apoie causas trans e seja de fato uma ilha de acolhimento na luta contra a transfobia. O conhecimento é uma das chaves para a transformação!
Este conteúdo faz parte do meu mini e-book: "Me Chame pelo Meu Nome, Respeite Meus Pronomes", que disponibilizo ao final das minhas palestras. Vamos construir uma sociedade mais justa e inclusiva!
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*Arthur Bugre é um especialista em Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento (DEI&P). Como palestrante, dedica-se a transformar ambientes de trabalho em espaços verdadeiramente seguros e inclusivos. Bugre é um homem negro retinto, trans e neurodiverso, trazendo uma perspectiva única e autêntica às suas abordagens.
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