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Hamilton de Holanda e Mestrinho fazem show no Baretto, na próxima quinta-feira (4/12)
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Dezembro é mês de dar presentes, mas este ano somos nós que começamos o mês ganhando um presentão. Dois gigantes da música popular brasileira farão show especial na próxima quinta-feira (4/12), no Baretto, bar do Hotel Fasano em BH, conhecido pela programação de bom gosto.
Trata-se do encontro do multipremiado bandolinista Hamilton de Holanda com o virtuoso Mestrinho, improvisador, sanfoneiro e cantor, verdadeiro retrato das raízes da nossa música.
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Para quem não teve ainda o prazer de conhecer o trabalho dos dois, que fique claro: eles não são uma dupla. Têm tanto prestígio que já dividiram palco com Wynton Marsalis, Gilberto Gil, Chico Buarque, Ivete Sangalo, Hermeto Pascoal e Dave Matthews.
São verdadeiros guardiães de nossa tradição, estandartes de referências como Villa-Lobos, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Tom Jobim, João Gilberto, Gonzagão, Dominguinhos e Sivuca, entre muitos outros.
Amigos de longa data, Hamilton e Mestrinho dividiram palcos até 2020, quando realizaram a primeira performance profissional juntos no projeto Canto da Praya. Ali nasceu a parceria que transformou clássicos do cancioneiro popular em versões para sanfona e bandolim, rendendo vídeos com milhões de visualizações e apresentações marcadas pela liberdade criativa.
Tamanha criatividade transformou hits do cancioneiro popular em versões especiais. Os dois contaram que foram escolhendo as músicas de que gostavam e tivessem alguma ligação com o popular.
A amizade floresceu e fomos nós, ouvintes, os premiados com a liberdade do improviso nas abordagens das músicas escolhidas por eles para compor “Canto da Praya”, álbum que traz “Libertango” (Astor Piazzolla), “Evidências” (José Augusto/Paulo Sergio Valle), “Eu te devoro” (Djavan), “Isn't she lovely?” (Stevie Wonder), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo), “Drão” (Gilberto Gil), “Praia e sol” (Bebeto), “Beijo partido” (Toninho Horta), “Súplica cearense” (Gordurinha/ Nelinho), “Te faço um cafuné” (José Abdon), entre outras.
O DNA do show é a espontaneidade: tudo pode acontecer, sempre com profundidade musical, virtuosismo e generosidade artística desses músicos maravilhosos. Um não economiza elogios para o outro. Hamilton diz que Mestrinho é o sucessor de Dominguinhos, por ter força como instrumentista e cantar muito bem. Mestrinho diz que Hamilton é o cara.
Será oportunidade única para desfrutarmos de um show épico. Realmente imperdível, ótima oportunidade para começarmos a comemorar as festas de fim de ano.
* Isabela Teixeira da Costa/Interina
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
