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Ontem (20/11) foi aniversário de uma amiga querida e queríamos levá-la para almoçar. A aniversariante é um exemplo. Já está na casa dos 80, é animada, ativa, dinâmica. Por sinal, mal consigo acompanhá-la quando andamos na rua, porque caminha tão rápido que digo sempre que ela não anda, corre.
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Por causa da idade, ela teve perda de audição e usa aparelho, o que resolveu bastante o problema. Porém, recentemente, começou a não entender o que os outros estavam falando, principalmente quando há mais pessoas. Segundo o médico, em curto espaço de tempo ela perdeu 40% da audição vocal, que é a capacidade de compreender o que as pessoas falam. Quando sai com um grupo grande de amigas ou vai a uma festa com muitas pessoas falando ao mesmo tempo, ela não consegue entender nada. Isso faz a cabeça cansar muito, mas nem por isso ela fica em casa, reclusa, sem conviver com as amigas que, por sinal, são muitas.
Queríamos muito comemorar este aniversário, mas tínhamos de levar em conta estas questões: poucas pessoas e um restaurante agradável, bonito, gostoso, com tratamento acústico. Coisa rara aqui em BH.
Conversa vai, conversa vem, procura daqui, procura dali, não é que encontramos? Chama-se Villa Acqua, no Santo Agostinho, pertinho da Praça da Assembleia. Lindo, com tratamento acústico, comida gostosa e ótimo atendimento, além de serviço a quilo e à la carte. A dificuldade é que a reserva é só até o meio-dia, muito cedo.
Na verdade, ela queria fugir para Ouro Preto, sozinha, de ônibus. E ficar lá, curtindo melancolia, no Hotel Solar do Rosário, que graças a Deus estava lotado. Não deixamos, porque amiga que é amiga não deixa a outra curtir melancolia e nem passar aniversário sozinha.
* Isabela Teixeira da Costa/Interina
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
