Sedentarismo: 1,8 bilhão de adultos em risco no mundo
Se a tendência continuar, 35% da população adulta poderá estar sedentária até 2030
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Este é, de fato, um problema sério. Por mais que o sedentário saiba disso – e me coloco nesse grupo –, ele não consegue lutar contra a preguiça, ou seja lá o que for, e se mover para fazer caminhada, pilates, RPG ou qualquer outra atividade que o leve a se exercitar.
Nunca fui de fazer ginástica, mas de vez em quando caminhava em volta da piscina da minha casa. Com o avanço da idade, o caminhar ficou mais lento. Depois, sofri duas quedas. Na primeira, fraturei a L11, após muito repouso e colete acabei tendo de colar com cimento viscoso.
Depois de dois anos, nova queda e nova fratura, desta vez a L3. E mais cimento para colar. Foram vários meses de repouso, com isso a musculatura das pernas enfraqueceu muito, o que me levou para a cadeira de rodas.
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Não posso dizer que sou cadeirante, porque consigo andar, mas as pernas doem. A resistência acaba rápido, então falo que estou cadeirante. Faço fisioterapia duas vezes por semana em casa, e já escrevi aqui que acho uma besteira. Só não dispenso a moça porque ela vem aqui. Gosto, mesmo, é de ficar sentada na minha poltrona na varanda, lendo um bom livro.
Levantamento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) acendeu o sinal de alerta global: quase um terço dos adultos no mundo, cerca de 1,8 bilhão de pessoas, não atinge os níveis mínimos de atividade física recomendados. Isso representa o aumento de cinco pontos percentuais na inatividade entre 2010 e 2022. A projeção é ainda mais preocupante: se a tendência continuar, até 2030, 35% da população adulta poderá estar sedentária.
No Brasil, o cenário não é diferente. A rotina corrida e o avanço da tecnologia têm deixado as pessoas cada vez mais paradas, hábito que cobra caro. A profissional de educação física Aline Turazzi, diretora de operação da rede Azzurro Fitness, afirma que o sedentarismo está diretamente ligado ao crescimento de doenças crônicas e à queda na qualidade de vida.
De acordo com as recomendações da OMS, bastam 150 minutos semanais de atividade física moderada (equivalente a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana) para reduzir significativamente esses riscos. E isso pode ser mais simples do que parece.
Aline diz que caminhar, subir escadas, brincar com os filhos ou se movimentar no parque já é ótimo começo. Mas o ideal é encontrar um espaço que motive e acolha, como a academia com bons profissionais e ambiente leve. Três treinos por semana já fazem enorme diferença. Para iniciantes, o segredo está em começar de forma gradual, escolher algo prazeroso e persistir.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
