Anna Marina
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ANNA MARINA

Adeus aos apps de relacionamento? Encontro às cegas está em alta

A fadiga emocional em busca de parceiro ou parceira no digital se tornou estresse. Agora a moda é encontro sem fotos, filtros ou julgamentos prévios

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Venho percebendo, por relatos de amigos e parentes e pelas notícias que tenho lido, que as pessoas estão se cansando um pouco do excesso de virtual. As brincadeiras antigas começam a dar sinal de retorno, e não são poucos os amigos que estão se reunindo para jogar jogos de tabuleiro.

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Agora chegou a vez dos encontros. Depois de uma série de experiências frustrantes em aplicativos de relacionamento, muitos solteiros começaram a repensar a forma de como se relacionar. A fadiga emocional causada pela busca no digital se tornou um estresse.


Com milhares de perfis disponíveis, a promessa de escolhas infinitas acabou gerando frustração. Conversas no computador podem até começar animadas, mas acabam rápido. As mensagens são ensaiadas e com as fotos cheias de filtros. Todo mundo parece modelo de revista. Resultado: quando as pessoas saem do virtual para o presencial, é a desilusão é grande.

Com isso, o antigo encontro às cegas voltou como boa alternativa. Indicado por amigos ou familiares, ele propõe um retorno à espontaneidade e à autenticidade. Sem fotos prévias, sem históricos de mensagens, os participantes encontram alguém sem julgamentos imediatos.


No fundo, as pessoas querem interações genuínas, presença, tête-à-tête. Fora que os encontros às cegas podem dar muito certo, pois quem indica já conhece as duas pessoas, o que já garante alguns pontos em comum. Se der errado, das duas uma: ou será mais um amigo ou um caso para muita risada no futuro.

Quando dá match, como dizem hoje em dia, as conversas fluem de maneira natural, os silêncios não são constrangedores. Há curiosidade e atenção, elementos cada vez mais raros no virtual. A atenção é na personalidade e na conversa, aspectos inexistentes no virtual. O excesso de opções digitais gera ansiedade e reduz a empatia.


O contato humano passa a ser avaliado em segundos, como produto. O encontro às cegas rompe este padrão e resgata a conexão direta. Coisas simples, como educação, bom humor e atenção, se tornam grandes diferenciais. O “normal” se transforma em luxo emocional. Mesmo sem romance imediato, o encontro permite exercitar empatia e convivência.

A tecnologia facilita encontros, mas não cria química ou intimidade. A presença física e a espontaneidade continuam sendo insubstituíveis. Para muitos, o encontro às cegas devolve esperança.


A tecnologia pode aproximar, mas não substitui a profundidade da convivência. O que buscamos não é apenas companhia, mas experiências que nos façam sentir vivos. Descobrir que é possível se conectar de verdade é o que torna cada tentativa significativa.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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