Anna Marina
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AVC mata mais que infarto no país. Veja mitos e verdades sobre a doença

Reconhecer rapidamente os sinais da doença cerebrovascular e assegurar atendimento de emergência é fundamental para reduzir sequelas

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Estou impressionada com o grande número de pessoas próximas de mim que estão tendo AVC. E são pessoas jovens. Graças a Deus que tem sido o tipo isquêmico e não o hemorrágico, porque o primeiro tipo tende a ser mais leve e os problemas causados, em sua grande maioria, são 100% reversíveis – ao contrário do hemorrágico, que é mais grave e as sequelas demoram mais a curar e muitas vezes não desaparecerem totalmente.


Conhecer os sinais e entender a doença é essencial para agir rápido, iniciar a reabilitação precocemente e garantir melhor manejo e qualidade de vida ao paciente. Uma grande amiga viajou há cerca de 10 dias com o filho, a nora e um casal amigo. Passeio ecológico para lindas regiões de Minas. Tudo ia maravilhosamente bem. No dia de um passeio mais longo, com guia em um jeep, subindo montanha, quando chegaram ao topo, sua nora bambeou a perna e estava tendo um AVC.

Desceram em disparada direto para o hospital mais próximo, pegaram ambulância e foram para Passos, onde conseguiram ministrar o remédio que tem que ser aplicado com até quatro horas dos primeiros sinais. Conseguiram. O AVC foi isquêmico. Ela ainda está hospitalizada sem saber quando poderá ser transferida para BH.


O AVC acontece quando há uma interrupção ou redução grave do fluxo sanguíneo para o cérebro, levando à paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. No Brasil, em 2024, o número de mortes por AVC chegou a 85.427 óbitos, contra 77.886 causados por infarto, segundo dados da Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC).

Celso Vilella Matos, médico fisiatra, explica que reconhecer rapidamente os sinais do AVC e assegurar atendimento de emergência é fundamental para reduzir sequelas e preservar a qualidade de vida. “É preciso suspeitar quando há sorriso torto, fraqueza ou dormência em braço ou perna, dificuldade para falar ou fala confusa e perda súbita de coordenação ou equilíbrio.”


O especialista esclarece os principais mitos e verdades sobre o AVC:


“Depois do AVC, não há recuperação”.
Mito. A extensão e o tipo de AVC influenciam no prognóstico, mas muitas pessoas conseguem recuperar parcialmente ou até totalmente as funções, especialmente com início rápido da reabilitação.


“A reabilitação precoce é determinante”.
Verdade. Iniciar nas primeiras horas ou dias após o AVC aproveita o período de maior plasticidade cerebral, potencializando ganhos funcionais e reduzindo sequelas.


“É preciso fazer repouso absoluto após o AVC.
Mito. O repouso prolongado pode gerar complicações como deformidades, contraturas musculares, úlceras e vícios posturais. A reabilitação deve começar ainda no hospital, assim que o quadro estiver estabilizado.


“A espasticidade pode ser tratada para melhorar a qualidade de vida”.
Verdade. A espasticidade é um aumento anormal do tônus muscular, que deixa os músculos rígidos e limita os movimentos e afeta cerca de um em cada três pacientes. (Isabela Teixeira da Costa / Interina)

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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