
As máquinas e eu
Meu computador demora para começar a trabalhar. Até pensei em deixá-lo de lado e sair para fazer compras
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Na idade em que estou, fazem-se necessárias facilidades em certos instrumentos e aparelhos que temos de usar para trabalhar. Ontem cedo, tentei abrir o computador. Pelejei e pelejei até que desisti.
Fui ao salão, que fica repleto às sextas-feiras, fiz pé e mão, pintei o cabelo, prendi, esperei secar, penteei e voltei para casa para trabalhar. O desânimo foi grande, porque levou mais de meia hora para o bichinho funcionar.
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Queria manter o meu serviço em dia e aguardei com paciência o computador começar a trabalhar. Demorou tanto que até pensei em deixá-lo de lado e sair para fazer compras.
Como estava quase na hora do almoço, preferi esperar. Sexta-feira é fogo para sair de carro, com trânsito muito carregado. Quase impossível estacionar sem levar multa.
Como não tenho mais carro, pois o Detran recolheu minha carteira sem que eu tivesse uma multa sequer, dei meu automóvel para o sobrinho. Fico com a impressão de que a idade contou, embora veja motoristas mais velhos do que eu guiando para todos os lados.
Com isso, ando de carro com amigos ou de táxi. Fico satisfeita assim, pois tenho a impressão de que os motoristas de hoje só querem brigar na rua.
Aliás, parece que eu e carro não combinamos. Quem roubou o que pôde em minha casa, como já contei aqui (parte das joias recebi de volta da polícia), levou também o carro que estava na garagem. Joias foram mais fáceis de receber. Carro é mais complicado.
Tenho uma vontade danada de ter carro outra vez, porque com ele você se sente livre. Meu marido, que já se foi, gostava de um automóvel quando viajava. Porém, em vários países quem dirigia era eu. Aqui e em qualquer lugar da Europa. Nunca tive dúvida, mesmo com a complicação daqueles avisos na estrada em inglês ou outras línguas.
Guiei muito na Rússia, era mais fácil. Mais difícil, por causa da confusão, era a Itália. Acho que nem os italianos conseguem entender o trânsito de lá.
Falando nisso, ontem saí com um amigo e vi parado, perto da Praça da Estação, um automóvel minúsculo, que só carrega dois passageiros. Novidade danada de atraente.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.