Anna Marina
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ANNA MARINA

O avanço da tecnologia

Da máquina de escrever à era do celular, mudou tudo nas redações. A cada dia que passa, os botões aumentam mais, custo a me lembrar de quantos são

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Fico imaginando se acontece o mesmo com os outros idosos como eu: a dificuldade de lembrar quantos botões precisamos apertar para as coisas funcionarem. A cada dia que passa, eles aumentam mais, custo a me lembrar de quantos são.

Tenho histórias curiosas a respeito de botões. Fui passar férias na Europa e quando saí daqui, as máquinas de escrever da redação eram do tipo antigo, precisávamos fazer força para bater nas teclas para que as letras fossem impressas no papel.

Cheguei lá fora e fui visitar alguns jornais, cujas máquinas de escrever eram elétricas. Bastava encostar o dedo na tecla para que a letra aparecesse na lauda de papel. Achei o maior sucesso.

Quando as máquinas elétricas chegaram aqui na redação, levei um banho danado. Colocava muita pressão no dedo e a letra se repetia várias vezes. Sempre tinha de apagar, pois o que saía na lauda de papel não tinha nada a ver com o que eu queria escrever.

O pessoal da oficina, que tinha de “montar” na linotipia a matéria escrita por nós para imprimir a matéria, ficava danado da vida com tantas palavras apagadas na lauda. Às vezes, frases inteiras, o que dava um trabalhão danado.

Osvaldina Nobre, que recebia os textos batidos por nós no papel, também ficava danada da vida com a quantidade de riscos do editor. Às vezes, mal de compreendia o que estava escrito ali.

Atualmente, isso mudou. Faço meu serviço em casa, em computador conectado ao jornal e à redação. Quando vim trabalhar no jornal, há mais de 70 anos, trabalhava também em outro local, produzindo textos corridos. Minha casa se transformou em uma redação, com um grupo grande de amigos me ensinando a colocar o que sabia em textos escritos à máquina. Foi uma trabalheira danada, mas acabou dando certo.

Vejo pela TV pessoas enviando matérias em vários tipos de computadores, notebooks, tablets, etc. Matérias são passadas para o jornal por meio de celulares, e as pessoas mais jovens fazem isso na maior calma.

Lembro-me de uma vez que fui para os Estados Unidos levando um computador de mão. Estava toda metida, o aparelho era enorme e pesava mais do que um tijolo.

Comecei mandando notícias de lá, mas logo desisti. Carregar aquele tijolo para baixo e para cima era uma canseira danada. Além da vergonha que me dava, pois os americanos carregavam computadores pouco maiores do que uma caixa de cigarros...

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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