
O difícil problema da surdez
Adaptação a aparelhos auditivos é difícil e eles não são nada baratos. Operação atrás do pescoço restaura os canais da escuta, mas não é recomendada
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Estou fazendo uma pesquisa entre conhecidos a respeito da surdez. Começa comigo, que estou numa surdez danada e não consigo resolver meu problema, por mais que procure empresas especializadas. Muitas delas enviam funcionários à casa do cliente para fazer a medição auditiva, primeiro passo para a escolha do aparelho.
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Acontece comigo e deve acontecer com outros: na realidade, existe uma diferença de custo que praticamente impede a compra do aparelhinho. Pergunto sobre isso a pessoas que sofrem de surdez, quero saber onde foram se consultar, quanto tempo demorou e o preço do equipamento.
O produto mais atual e mais usado tem uma base colocada atrás do ouvido, com haste de silicone, que é passada pela frente da orelha, segurando a peça de trás, que restaura a audição. Na ponta, há uma pecinha de borracha que se chama oliva, que a gente põe dentro do ouvido. As peças colocadas diretamente dentro das orelhas parece que estão em baixa, não são as mais recomendadas.
Na época em que estava muito surda, usei dentro dos ouvidos peças que pareciam feitas de plástico. Era uma chatura só: não eram muito pequenas, apareciam mesmo com os cabelos soltos, e deviam ser retiradas para dormir, tomar banho, lavar a cabeça, ir ao cabeleireiro.
Fui deixando a novidade de lado, esquecendo de colocar aquilo, até não usar mais. Agora estou de novo diante do problema. Uma constatação: a surdez tem aumentado muito, parece que é resultado do envelhecimento.
Os aparelhos mais interessantes que descobri até agora são pecinhas que parecem espuma de borracha. Até onde dá para saber, são feitas sob medida e por isso, quando colocadas, não ficam visíveis.
É preciso procurar um serviço mais do que competente para a produção dessas peças. Fiquei com amostra para testar de um lado, mas ela não tinha sido regulada. Resultado: o som foi tão alto que devolvi logo. Preferi não escutar a ficar surda com o som alto daquele jeito.
É claro que o problema deve ser resolvido logo. Se é para estar num ambiente social, por exemplo, e não escutar nada do que é conversado, é melhor ficar em casa.
Como estou passando pelo problema, tenho reparado que ele não é só meu. Amigas da mesma idade também o enfrentam. Como é uma chatura usar aparelhos que devem ser retirados em várias situações, quis saber se existia uma saída médica.
O profissional que procurei informou que há uma operação feita no lado de trás do pescoço que restaura os canais da escuta. Mas não é recomendada, porque é de difícil resolução. Mais recomendados, mesmo, são os aparelhos auditivos. O difícil, no caso, é o custo. Eles não são nada baratos.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.