
Vamos aos copos
Bebidas sem álcool vêm sendo produzidas para todos os paladares. Estão inventando até refresco com sabor de bebida...
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Quando entrei para este jornal, nos primórdios dos anos 1960, já trazia comigo uma tradição: gostava muito de uma cerveja. Como ninguém sabia, minha presença society causou certa preocupação: como é que vamos conviver com esta colega?
Naquele tempo, a tradição era sair da redação e seguir direto para os botecos da vizinhança, que serviam cerveja gelada às horas tantas da noite. Quebrei logo a dúvida e entrei firme e forte na tradição, bebendo cerveja como gente grande.
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Quando me casei com um também bebedor, eramos tão conhecidos da Brahma que todas as semanas chegava em minha casa um engradado de cerveja. Também fui boa bebedora de vinho. Nas minhas viagens para o exterior, gostava de encarar uma degustação.
Fui levando a vida assim, até que a idade cortou esse meu prazer. Um copo de cerveja ou chope é tudo o que posso encarar.
Por uma dessas grandezas do corpo humano, que vai avaliando e aceitando o que pode e o que não pode, não tenho nenhum problema com a falta de vontade de encarar um programa com bebidas. Na verdade, o resultado da tonteira não é nada legal.
Agora estou vendo notícias animadoras para quem quiser encarar o copo sem ficar... bêbado. As bebidas sem álcool vêm sendo produzidas para todos os paladares. Para dizer a verdade, nenhuma é ruim. Estão inventando até refresco com sabor de bebida.
Há o outro lado: quem frequenta muito tem notado que o uísque está meio abandonado e os vinhos conquistando espaço. Em Minas, tradicionalmente conhecido como estado produtor de cachaça boa, o vinho tem ocupado o seu lugar.
Recentemente, o Isabela Syrah 2023, produzido pela vinícola Maria Maria, ganhou medalha de ouro no Decanter World Wine Awards, a mais competição global de vinhos. Foi elaborado com uvas syrah cultivadas na Fazenda Capetinga, na região das cidades de Boa Esperança e Campos Gerais, no Sul do estado.
Há quem não suporte uísque nacional, que não pega bem em vários paladares. Para quem sabe das coisas, o vinho é a bebida preferida para o inverno, ótimo para acompanhar massas.
Outro lance importante: vinho tinto não pode ser gelado, como já vi centenas de “conhecedores” fazendo, “para ficar mais fresco”.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.