Anna Marina
Anna Marina
LEITURA

Ler também é viver

Livros me lembram os bons momentos da vida e também o horror da perseguição aos judeus, enquanto reportagem sobre tortas traz o lado doce do mundo

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Já perdi a conta dos livros que li nesta minha fase da cadeirante, presa em casa e sem nenhuma intenção de sair. O preferido é “A vida revisitada”, escrito por meu marido, Cyro Siqueira, que já se foi muito tempo antes de mim. Leio e releio todos os dias, procurando em cada frase e em cada história relembrar aqueles tempos de longas conversas depois do jantar, em torno de uma taça de vinho.

É difícil acreditar o consolo que a releitura me dá, uma delas em especial: sobre a noite escura em que saímos de um restaurante em Veneza e o relógio da Praça São Marcos, perto de nosso hotel, começou a badalar 12 horas.

“A thing of beauty is a joy forever” é a frase que aparece em várias ocasiões relembradas no texto, expressando a sensação que sinto.

Fora este livro de emoção e consolo, li mais de 20 histórias, todas elas com forte travo da guerra, dos campos de concentração e dos preconceitos contra judeus.

Tudo o que ando lendo em revistas e jornais (além dos livros) deixa, no fundo, o gosto amargo de que nem todo o progresso do mundo conseguiu acabar com a intolerância, que segue firme.

Tenho verdadeira ojeriza de preconceito, seja contra quem for. Estrangeiro, judeu, protestante, homossexual, etc. Aliás, este jornal trouxe, na última sexta-feira, a nota “Amor sem preconceito” sobre a coragem de dois prefeitos do Ceará, que colocaram no Instagram fotos de seus amores no Dia dos Namorados.

Ambos receberam muitos ataques, mas se consideram muito felizes com os pares que escolheram. Um deles foi reeleito com 85% dos votos de sua cidade.

A postagem de fotos é uma boa forma de animar outros a seguirem o próprio caminho, sem medo de agressão. Respeito gente assim, que faz o que quer e gosta, sem se moldar à opinião dos outros.

Por falar no jornal de sexta-feira, além da notícia dos prefeitos, outra me agradou demais também. Ao ler o caderno Degusta, do qual já fui editora, fiquei com água na boca com as tortas mostradas ali, como “sabores de arraial”: o cheesecake com paçoca de amendoim, da Avellan, e a outra, criada pelas irmãs Mirele e Cibele de Castro (que já trabalharam na área de moda), também levando amendoim.

Fiquei com uma vontade danada de telefonar encomendando. Como a matéria não informa se há serviço de entrega, o que nos resta é ficar com água na boca.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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