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Anna Marina
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SAÚDE

Linfedema: dieta e exercícios podem ajudar

O problema ocorre quando o sistema linfático não consegue drenar o fluido de forma eficaz, o que provoca inflamações e inchaço progressivo

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Só quem sofre com o linfedema sabe como é desagradável. Como já falei aqui, tive linfedema depois de minha cirurgia de câncer de mama. O braço direito ficou enorme e não adiantava massagem, uso de luvas compressoras ou aquela máquina que massageia o braço várias vezes ao dia.


O problema só foi resolvido quando meu querido primo – que já se foi – Márcio Castro Silva, angiologista de primeira qualidade, me apresentou ao médico italiano Corradino Campisi, seu amigo, que faz a cirurgia chamada anastomose. Traduzindo, consiste na ligação artificial de dois vasos sanguíneos “ou outro sistema tubular”.


Isso foi em 1997. Escrevi, na época, algumas colunas contando sobre a cirurgia. Não foram poucas as mulheres que vieram à minha sala no jornal ver como meu braço ficou e para saber mais detalhes da cirurgia, que foi um sucesso. O doutor Campisi veio a Belo Horizonte alguns anos depois e deu um curso. Não entendo como, até hoje, ninguém faz essa cirurgia por aqui.

 

 


Enfim, uma nova pesquisa mostra como exercícios e dietas anti-inflamatórias, como a cetogênica, podem ajudar a controlar o linfedema, trazendo esperança de melhores cuidados e resultados. O linfedema nos incapacita de caminhar, porque as pernas ficam inchadas, pesadas e doloridas. A sobrevivente do câncer comemora a remissão, mas luta diariamente com esse efeito colateral inesperado e implacável.

 


O linfedema ocorre quando o sistema linfático não consegue mais drenar o fluido linfático de forma eficaz. Isso resulta em acúmulo de fluido nos tecidos, geralmente nos braços e pernas, o que pode dar a sensação de que a própria vida está sendo sobrecarregada.


Embora o gatilho inicial possa ser um bloqueio no sistema linfático, é a resposta inflamatória subsequente que impulsiona o inchaço progressivo e outras complicações características da condição. A inflamação não é apenas um sintoma do linfedema; é ator central no próprio processo da doença.


Pesquisas recentes sugerem que controlar a inflamação por meio de dieta e adotar exercícios específicos pode oferecer um caminho para alívio e prevenção, abrindo as portas para um futuro com mais mobilidade para aqueles que vivem com essa condição.

 


A estrutura do sistema linfático é muito semelhante à do sistema cardiovascular. Uma rede de vasos por todo o corpo transporta o fluido linfático. Ao contrário do coração, o sistema linfático não tem um órgão especializado em bombear o fluido, dependendo de movimentos corporais regulares para ajudar a empurrá-lo através dos vasos.


Esse fluido realiza várias tarefas diferentes, incluindo a limpeza de detritos celulares, e é crítico tanto para a desintoxicação quanto para a função imunológica. A inflamação é uma resposta imune que às vezes fica descontrolada. Quando o corpo encontra infecção ou lesão, ele envia agentes imunes para o local do problema para obter suporte. A inflamação persistente, no entanto, danifica os tecidos circundantes, piorando o inchaço em vez de promover a cura. Com o tempo, isso cria um ciclo de lesão e inflamação, tornando a condição mais grave e difícil de controlar.

 

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Um estudo de 2024 publicado no International Journal of Molecular Sciences enfatizou como a inflamação contribui significativamente para o desenvolvimento e progressão do linfedema ao danificar os vasos linfáticos, comprometendo sua capacidade de drenar fluidos e criando inchaço.

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