
Guerra comercial ameaça economia global e prejudica os EUA
As medidas protecionistas de Trump encarecem alimentos e bens industriais, o que inevitavelmente levará ao aumento da inflação
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As tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, representam um retrocesso não apenas para a economia global, mas para o seu próprio país. Ao impor taxas de 25% sobre importações do México e do Canadá e elevar para 20% as alíquotas sobre produtos chineses, Trump desencadeou uma guerra comercial desnecessária. Segundo economistas, as medidas protecionistas encarecem alimentos e bens industriais, o que inevitavelmente levará ao aumento da inflação.
Em resposta, China, Canadá e México adotaram tarifas retaliatórias, o que, no longo prazo, comprometerá as cadeias produtivas globais. Como se não bastasse, especialistas alertam que tais políticas ameaçam a estabilidade do sistema de comércio internacional, desestimulando investimentos. No fim das contas, a estratégia comercial de Trump penalizará empresas, trabalhadores e consumidores. É um erro crasso de sua nova gestão.
Trump mira o agronegócio com novas tarifas de importação
A obsessão de Donald Trump por novas tarifas deve, em breve, atingir o agronegócio. Em uma sucinta publicação na rede social Truth Social, o presidente americano anunciou que pretende impor taxas sobre a importação de produtos agrícolas a partir de 2 de abril. No entanto, não especificou quais produtos ou países serão afetados, deixando o mercado em alerta. A medida certamente terá forte impacto no comércio global, especialmente para países exportadores como o Brasil.
China impõe embargo a três frigoríficos brasileiros
A China suspendeu nesta semana a importação de carne bovina de três frigoríficos brasileiros: uma unidade da JBS localizada em Mozarlândia (GO), outra da Frisa em Nanuque (Minas Gerais) e uma terceira da Bon Mart em Presidente Prudente (SP). Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o embargo não tem prazo para terminar. As autoridades alfandegárias chinesas alegaram “não conformidades” das plantas visitadas por inspetores no Brasil.
TV por assinatura encolhe com avanço do streaming e das redes sociais
Com o crescimento da internet e dos serviços de streaming, as TVs por assinatura enfrentam tempos difíceis. No ano passado, o setor contabilizou 9,3 milhões de clientes. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações, trata-se de uma queda de 21% em comparação com 2023. Para se ter ideia da crise no setor, há uma década, cerca de 20 milhões de brasileiros acessavam TVs a cabo. Nada indica que o cenário deverá mudar. As novas gerações usam cada vez mais as redes sociais como forma de lazer.
Rapidinhas
As salas VIP em aeroportos estão se tornando um grande negócio. Uma das novas empresas do segmento, a BRT Lounges planeja investir, apenas em 2025, R$ 50 milhões em novos espaços desse tipo. A empresa deverá inaugurar nos próximos meses um lounge no BH Airport, em Belo Horizonte, e outro no aeroporto de Viracopos, em Campinas.
A Apple anunciou o lançamento de um gadget, o iPad Air. De acordo com a empresa, o modelo possui recursos avançados de inteligência artificial e apresenta desempenho 35% superior ao da versão anterior. No Brasil, os novos aparelhos vão custar entre R$ 7,5 mil e R$ 10 mil, mas não há ainda previsão de disponibilidade.
Um consórcio liderado pela BlackRock, a maior gestora do mundo, comprou 90% de dois grandes portos do Canal do Panamá controlados pela CK Hutchison, empresa sediada em Hong Kong. O valor da transação é de US$ 23 bilhões. O negócio foi fechado após pressão do governo Trump, que pretende reduzir a influência chinesa na região.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Recursos Humanos constatou que só 29% dos funcionários brasileiros consideram suas lideranças preparadas para enfrentar os desafios dos novos tempos. A falta de habilidades em comunicação e a pouca transparência são apontadas como as principais deficiências dos gestores.
US$ 1,9 trilhão
foi quanto os turistas internacionais gastaram em 2024. Segundo a Organização Mundial do Turismo, é o mesmo número de 2019, antes da pandemia de Covid-19
“Você sempre tem que fazer essa pergunta em economia: e depois? As tarifas são um ato de guerra”
Warren Buffett, Megainvestidor americano, criticando os tarifaços de Trump
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.