
Demanda por biocombustíveis revoluciona setor de transportes
Até 2028, a demanda global por biocombustíveis para transportes deverá crescer pelo menos 30%
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O cenário está dado. Até 2028, a demanda global por biocombustíveis para transportes deverá crescer pelo menos 30%, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Essa previsão, considerada conservadora pela própria entidade, significa um consumo anual adicional de cerca de 38 bilhões de litros. Etanol e diesel renovável deverão representar dois terços do crescimento, enquanto o restante ficará na conta do biodiesel e do combustível sustentável de aviação (SAF).
Confirmada a projeção, os combustíveis sustentáveis para transporte deverão responder por quase 5% da demanda global – e ainda podem chegar a 6,4% numa previsão mais otimista. Mas não é só isso. Pressionadas por custos, aumento de competitividade e regulamentações ambientais, indústrias e grandes edificações também buscam combustíveis alternativos. Somando-se a demanda dessas áreas ao setor de transportes, os combustíveis renováveis deverão representar 5,5% do consumo de energia global até 2030. É uma revolução sem volta.
Produção de biogás e biometano avança no Brasil
A vocação agropecuária brasileira impulsiona a produção de biogás e biometano, combustíveis renováveis que podem ser usados para produzir energia elétrica, movimentar equipamentos industriais, produzir fertilizantes, aquecer casas e movimentar veículos pesados. Segundo a Associação Brasileira do Biogás e do Biometano (Abiogás), já existem 10 plantas autorizadas pela ANP para a venda do biometano, que representam uma capacidade de produção de aproximadamente 656 mil metros cúbicos por dia.
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Etanol de milho é a aposta para o futuro
O crescimento do etanol de milho é um exemplo do vigor do setor energético brasileiro. Se atualmente o combustível vindo do grão representa 20% do etanol produzido no país, dez anos atrás a proporção mal alcançava 0,1%. Os fatores por trás dessa revolução se concentram especialmente na ampliação do complexo industrial, na maior relevância dos biocombustíveis na agenda nacional e internacional e na busca por alternativas de redução de risco no contexto das safras brasileiras.
“Tarifas injustificadas na União Europeia não ficarão sem resposta. Elas desencadearão contramedidas firmes e proporcionais”
Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, em resposta aos tarifaços impostos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Vale quer acelerar descarbonização do setor siderúrgico
A busca por soluções verdes mobiliza grandes empresas brasileiras. A mineradora Vale se uniu à companhia europeia de hidrogênio Green Energy Park (GEP) para desenvolver soluções de descarbonização no setor siderúrgico. O acordo prevê a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no Brasil, que abastecerá um futuro Mega Hub, complexo industrial voltado à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono. A iniciativa busca acelerar a indústria de aço sustentável.
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foi quanto subiu o IPCA, a inflação oficial do país, em janeiro. Segundo o IBGE, trata-se da menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994
Rapidinhas
- O número de empresas em processo de Recuperação Judicial está em alta no Brasil. No último trimestre de 2024, 285 companhias recorreram à modalidade, segundo o Índice RGF de Recuperação Judicial. No mesmo período, 125 saíram do processo. Os números levam em conta firmas ativas de pequeno, médio e grande portes.
- As vendas de veículos elétricos aceleraram com força no Brasil. Em janeiro, elas somaram 16,5 mil unidades, o que significou um avanço de 37% em comparação ao mesmo mês de 2024, segundo dados apurados pela Anfavea, a associação dos fabricantes. Com isso, de cada 10 carros vendidos no mercado brasileiro, um é movido a eletricidade.
- Em janeiro, as exportações brasileiras de proteínas atingiram recordes históricos. No mês, o Brasil despachou para o exterior 209,2 mil toneladas de carne bovina, gerando receitas de US$ 1 bilhão – um aumento de 2% em volume e de 11,4% em faturamento em relação a janeiro de 2024. Os dados são da Abiec, qu e representa os exportadores.
- Após cair em dezembro, as vendas do comércio brasileiro cresceram 2,8% em janeiro na comparação com dezembro, de acordo com o Índ ice do Varejo Stone (IVS), elaborado pela empresa de tecnologia Stone. O estudo concluiu que o avanço se deve à base comparativa fraca e ao mercado de trabalho aquecido neste início de ano.