3I/ATLAS: 5 outros mistérios do espaço que intrigam os cientistas
De visitantes interestelares a estrelas com brilho irregular, explore fenômenos cósmicos que continuam a desafiar as explicações dos astrônomos.
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O cometa 3I/ATLAS voltou a chamar atenção, nos últimos dias, por suas mudanças de cor e aceleração não esperada ao passar perto do Sol. O corpo é o terceiro objeto interestelar já identificado, e suas características inesperadas surpreenderam astrônomos e geraram curiosidade.
Nosso Sistema Solar e suas vizinhanças já foram palco de eventos que intrigam cientistas até hoje, mostrando que o universo guarda segredos bem perto de casa.
Explorar esses enigmas ajuda a entender melhor o cosmos. Abaixo, listamos cinco descobertas e fenômenos espaciais que geraram mais perguntas do que respostas e continuam a alimentar a imaginação de todos.
'Oumuamua: o primeiro mensageiro
Detectado em 2017, o 'Oumuamua foi o primeiro objeto interestelar observado passando por nosso Sistema Solar. Seu nome havaiano significa "mensageiro". O que o tornou tão estranho foi sua forma, estimada como sendo altamente alongada, e sua trajetória. Ele acelerou ao se afastar do Sol de uma maneira que não podia ser explicada apenas pela gravidade.
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A aceleração não era acompanhada da liberação de gases visíveis, o que fez os cientistas especularem se ele era realmente um cometa comum. As hipóteses para explicar seu comportamento variam de um fragmento de um planeta rico em nitrogênio a teorias mais especulativas. Após sua passagem, ele seguiu viagem para fora do nosso sistema, e provavelmente nunca mais será visto.
A anomalia da Estrela de Tabby
Oficialmente conhecida como KIC 8462852, a estrela ficou famosa por suas quedas de brilho irregulares e muito intensas. Enquanto a passagem de um planeta grande bloqueia cerca de 1% da luz de uma estrela, os eventos em Tabby chegaram a diminuir seu brilho em mais de 20%. Essa variação incomum descartou explicações simples.
A hipótese mais aceita atualmente sugere que o fenômeno é causado por uma gigantesca nuvem de poeira e detritos em órbita, mas a origem e a dinâmica dessa nuvem ainda são debatidas. A estrela continua sendo monitorada em busca de novas pistas.
O misterioso Sinal 'Wow!'
Em agosto de 1977, um radiotelescópio nos Estados Unidos, captou um sinal de rádio extremamente forte e de banda estreita, com duração de 72 segundos. O sinal era tão notável que o astrônomo que o descobriu, Jerry Ehman, circulou a leitura nos dados impressos e escreveu "Wow!" ao lado.
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A frequência do sinal era próxima à do hidrogênio, um elemento fundamental no universo, o que alimentou especulações sobre sua origem. Apesar de décadas de buscas na mesma região do céu, o sinal nunca mais foi detectado, tornando-se um dos maiores mistérios não resolvidos na busca por inteligência extraterrestre.
A 'minilua' 2020 SO
Em 2020, astrônomos descobriram um objeto que foi capturado temporariamente pela gravidade da Terra, tornando-se uma "minilua". Sua baixa velocidade e órbita peculiar indicavam que não era um asteroide comum. Após análises detalhadas, a Nasa confirmou a verdadeira identidade do objeto: era lixo espacial.
Tratava-se do estágio superior do foguete da missão Surveyor, lançada em 1966 com o objetivo de pousar na Lua. O objeto perdido havia vagado pelo espaço por mais de 50 anos antes de seu breve reencontro com a Terra, resolvendo um mistério com uma resposta que veio do nosso próprio passado.
O Grande Atrator
Este é um dos fenômenos mais intrigantes da cosmologia. O Grande Atrator é uma anomalia gravitacional, uma concentração de massa gigantesca a milhões de anos-luz de distância que está puxando nossa galáxia, a Via Láctea, e inúmeras outras em sua direção a uma velocidade de mais de 2 milhões de quilômetros por hora.
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O grande problema é que não podemos vê-lo diretamente, pois ele está localizado em uma área do céu obscurecida pelo disco de poeira e estrelas da nossa própria galáxia. Embora sua existência seja confirmada por seu efeito gravitacional, sua natureza exata ainda é um enigma a ser desvendado.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata