Objeto interestelar 3I/ATLAS: o que explica seu comportamento incomum
Astrônomos estão intrigados com a aceleração e mudança de cor do visitante; conheça as principais teorias que tentam desvendar esse mistério cósmico
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O objeto interestelar 3I/ATLAS, descoberto em julho desse ano, está desafiando as explicações dos astrônomos ao apresentar um comportamento inesperado durante sua passagem pelo nosso Sistema Solar.
Identificado como um cometa, o corpo celeste mostrou uma aceleração incomum e uma misteriosa mudança de cor, levantando novas questões sobre sua verdadeira natureza e origem.
O que mais intriga os cientistas é sua aceleração não gravitacional. Em outras palavras, o 3I/ATLAS ganhou velocidade de uma forma que não pode ser explicada apenas pela atração do Sol. Esse tipo de impulso é comum em cometas, quando o calor solar vaporiza o gelo de sua superfície, criando jatos de gás que funcionam como propulsores naturais.
O comportamento do 3I/ATLAS tem sido inconsistente: embora o Telescópio Espacial Hubble tenha observado um casulo de poeira em forma de lágrima ao redor de seu núcleo gelado, imagens do início do mês passado mostraram uma fonte compacta de luz sem uma cauda cometária claramente definida.
Esse fenômeno pode ser explicado pelo aquecimento causado pelo Sol, que faz o 3I/Atlas liberar gás e poeira à medida que se aproxima da estrela, formando uma cauda, o que não acontece quando o cometa se distancia do sol.
Para aumentar o mistério, observações recentes revelaram características incomuns: o objeto apareceu mais azulado durante seu periélio, embora inicialmente tivesse uma luz avermelhada.
Essa variação se deve à composição química do cometa e à forma como seus gases reagem à radiação solar. A cor azulada/esverdeada pode indicar a presença de dióxido de carbono, cianeto, ou compostos como cianogênio e amônia, enquanto a cor vermelha indica a presença de poeira.
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O 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto interestelar já detectado, seguindo os passos do enigmático 1I/?Oumuamua e do mais convencional cometa 2I/Borisov. Agências espaciais como a NASA e a CNSA continuam a monitorá-lo, pois cada novo visitante oferece uma oportunidade única de estudar a composição de outros cantos da galáxia.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.