Cientistas fazem ‘descoberta chocante’ sobre derretimento de geleiras
Pesquisa alerta que o derretimento e o aumento do nível do mar até o fim deste século será mais rápido do que o esperado
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Siga noUma avaliação divulgada pela revista inglesa Nature Journal, na última quarta-feira (19/2), constatou que houve um aceleramento considerável no derretimento das geleiras do mundo na última década, com cerca de 36% a mais de gelo perdido no período de 2012 a 2023 do que nos anos de 2000 a 2011.
A pesquisa também alerta que o derretimento e o aumento do nível do mar até o fim deste século será mais rápido do que o esperado.
O estudo foi desenvolvido pelo Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras (WGMS), a Universidade de Edimburgo e o grupo de pesquisa Earthwave, que reuniram uma equipe internacional de especialistas e medições de campo e de satélite para criar uma estimativa de referência para rastrear a perda de gelo.
Em entrevista à agência de notícias AFP, o co-autor do material e professor da Universidade de Zurique, Michael Zemp, disse que as descobertas foram "chocantes”, mas “não totalmente surpreendentes". E acrescenta: “As perdas estão acontecendo rapidamente em regiões com geleiras menores e muitas não sobreviverão ao século atual”.
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No geral, a equipe descobriu que as geleiras do mundo perderam cerca de 5% de volume desde a virada do século, com grandes diferenças regionais que variam de uma perda de 2% na Antártida a até 40% nos Alpes europeus.
Em média, cerca de 273 bilhões de toneladas de gelo estão sendo perdidas por ano – o equivalente ao consumo de água da população mundial por 30 anos, disseram os cientistas.
Ainda segundo Zemp, a perda de geleiras também afetaria o abastecimento de água doce, particularmente na Ásia Central e nos Andes centrais.
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Além disso, salientou que, para salvar as geleiras do mundo, "é preciso reduzir as emissões de gases de efeito estufa”. "Cada décimo de grau de aquecimento que evitamos nos economiza dinheiro, nos salva vidas, nos poupa problemas", diz.