CELEBRAÇÃO

A relação com a morte: como 5 culturas diferentes lidam com o luto

Do Dia dos Mortos no México aos rituais em Gana; conheça tradições e crenças ao redor do mundo que honram a memória daqueles que já partiram

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O Halloween, ou Dia das Bruxas ou dos Mortos, é uma celebração popular e moderna com raízes em antigos festivais pagãos celtas, cristianizados ao longo dos séculos. A festa é comemorada em 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos, e é mundialmente conhecida por suas fantasias, suas decorações temáticas e a tradição de "doces ou travessuras".

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A morte é uma condição universal, mas a forma de lidar com a perda e honrar quem partiu varia imensamente ao redor do mundo. No Brasil, o Dia de Finados é lembrado em 2 de novembro. Enquanto algumas culturas veem o luto como um momento de introspecção e tristeza, outras o transformam em celebrações vibrantes. Conhecer essas diferentes perspectivas oferece um novo olhar sobre como processar a saudade e manter viva a memória.

 

Morte festiva

No México, o famoso "Día de los Muertos" transforma o luto em uma festa de cores e sabores. Entre o fim de outubro e o início de novembro, as famílias montam altares com fotos, comidas e bebidas preferidas dos falecidos, acreditando que seus espíritos retornam para uma visita. É um momento de celebração da memória, não de tristeza pela ausência.

Tombado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco no ano de 2008, o Dia de Los Muertos é a maior festa popular do México.
Tombado como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco no ano de 2008, o Dia de Los Muertos é a maior festa popular do México. Jesús Murillo / Secretaría de Cultura de la Ciudad de México

Já em Gana, os funerais são grandes eventos sociais que podem durar dias. O objetivo é celebrar a vida que a pessoa teve. Uma das tradições mais visuais são os caixões personalizados, que podem ter a forma de um carro, um animal ou um objeto que represente a profissão ou paixão de quem se foi, honrando sua história de forma única.

Em Madagascar, algumas comunidades realizam o ritual do "Famadihana" ou a "virada dos ossos". As famílias exumam os corpos de seus ancestrais, envolvem os restos mortais em tecidos novos e dançam com eles ao som de música. O ato reforça a crença de que os antepassados continuam sendo parte ativa da comunidade.

Na Irlanda, o tradicional velório, conhecido como "wake", acontece na casa do falecido. Amigos e familiares se reúnem para contar histórias, cantar e compartilhar refeições. A prática funciona como uma forte rede de apoio comunitário, ajudando a família a sentir-se amparada enquanto celebra a vida de quem partiu.

No Japão, o festival "Obon", geralmente em agosto, é dedicado a honrar os espíritos dos antepassados. As famílias limpam os túmulos e fazem oferendas em casa. Lanternas de papel são acesas para guiar as almas em sua visita anual ao mundo dos vivos, em um gesto de respeito e conexão contínua.

 

Obon - Festival das Lanternas (Japão) - Para homenagear os ancestrais, as pessoas penduram lanternas nas casas, entre os dias 13 e 15 do sétimo mês lunar (julho). Reza a lenda que os espíritos teriam permissão para visitar os parentes. As luzes servem para guiá-los. Altares chamados de Butsudan são montados nas residências.
Obon - Festival das Lanternas (Japão) - Para homenagear os ancestrais, as pessoas penduram lanternas nas casas, entre os dias 13 e 15 do sétimo mês lunar (julho). Reza a lenda que os espíritos teriam permissão para visitar os parentes. As luzes servem para guiá-los. Altares chamados de Butsudan são montados nas residências. Jakub Ha?un/ Wikimedia Commons

O que aprender com diferentes rituais de luto

  • O luto pode ser coletivo: muitas culturas mostram a importância de compartilhar a dor e celebrar em comunidade, o que fortalece os laços e oferece suporte mútuo.

  • Lembrar com alegria é uma opção: em vez de focar apenas na perda, tradições como a mexicana ensinam que celebrar a vida e as boas memórias é uma forma poderosa de honrar quem partiu.

  • Manter uma conexão é saudável: rituais que promovem uma ligação contínua com os antepassados ajudam a entender que o vínculo afetivo não termina com a morte física.

  • Rituais oferecem conforto: ter um roteiro de ações e cerimônias, como velórios ou festivais, proporciona uma estrutura que ajuda a navegar o período inicial do luto, que pode ser caótico e doloroso.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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