Como funciona a regra do 'adeus' à bagagem de mão fora do Brasil?
A cobrança que gera debate já é comum em várias partes do mundo; veja como diferentes companhias e países lidam com a tarifa extra
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A notificação do governo federal à companhia aérea Latam sobre a cobrança de bagagem de mão em voos internacionais acendeu um debate no Brasil. O que para muitos parece uma novidade, no entanto, é uma prática consolidada em diversos países, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, onde as tarifas foram desmembradas para oferecer preços mais competitivos.
Nesses mercados, o modelo predominante é o de "tarifa básica", que garante apenas o transporte do passageiro com um item pessoal pequeno, como uma mochila ou bolsa que caiba embaixo do assento. Qualquer bagagem adicional, incluindo a mala de mão de até 10 kg que costuma ir no compartimento superior, é cobrada à parte ou incluída em tarifas mais caras.
Companhias aéreas de baixo custo, conhecidas como "low cost", foram as pioneiras nesse formato. Na Europa, empresas como Ryanair e EasyJet popularizaram o sistema. Um passageiro que compra o bilhete mais simples tem direito a levar apenas um item pessoal. Para adicionar uma mala de mão, é preciso pagar uma taxa extra durante a compra online, que aumenta significativamente se a decisão for deixada para o balcão do aeroporto.
Nos Estados Unidos, a regra também se aplica a grandes companhias tradicionais, como American Airlines, Delta e United. Elas criaram a classe "Basic Economy", que oferece preços reduzidos, mas com restrições severas. Além de não poder escolher o assento, o passageiro dessa categoria geralmente não pode levar uma bagagem de mão gratuita para o compartimento superior em voos domésticos e alguns internacionais.
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Como evitar surpresas ao comprar passagens internacionais
Para não ser pego de surpresa com taxas extras, o planejamento é fundamental. A falta de atenção às regras da tarifa pode transformar uma passagem aparentemente barata em um custo bem maior que o esperado. Veja o que fazer para se organizar e garantir uma viagem tranquila.
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Verifique a política de bagagem antes da compra: no site da companhia aérea, sempre confira a seção de bagagens. As regras sobre dimensões, peso e quantidade de itens são detalhadas por tipo de tarifa e destino.
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Compare as classes tarifárias: ao simular a compra, analise o que cada tarifa inclui. Muitas vezes, pagar por uma categoria um pouco superior, que já inclui a bagagem de mão, sai mais barato do que adicionar o item separadamente.
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Meça e pese sua mala em casa: as empresas são rigorosas com as medidas. Uma mala fora do padrão pode ser despachada compulsoriamente no portão de embarque, com a cobrança de uma taxa elevada.
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Pague pela bagagem com antecedência: se precisar de uma mala de mão e sua tarifa não a inclui, adicione o serviço durante a compra online. Os valores no aeroporto podem ser até o dobro do preço.
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Considere programas de fidelidade: em algumas companhias, clientes com status elevado em programas de milhagem podem ter direito à bagagem de mão gratuita, mesmo comprando as tarifas mais básicas.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.