‘Magenta Arcade’ II transforma ruas de BH em videogame
Sequência do estúdio mineiro Long Hat House, criador de 'Dandara', chegou em 15 de outubro e reconstrói pontos icônicos como a Praça Sete e a Lagoa da Pampulha
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Belo Horizonte virou palco de uma batalha digital em "Magenta Arcade II", novo jogo do estúdio mineiro Long Hat House responsável pelo clássico indie "Dandara", que foi lançado em 15 de outubro para iOS e Android. A sequência, viabilizada pela Lei Paulo Gustavo, coloca o jogador no controle de uma entidade poderosa cujo dedo é a nave, em fases que recriam cenários conhecidos da capital.
Magenta Arcade II
- Desenvolvimento: Long Hat House (Belo Horizonte)
- Lançamento: 15 de outubro de 2025
- Preço: R$ 9,59
- Plataformas: iOS e Android
- Duração média: 6 horas
- Gênero: Ação / Shooter
- Modo: Single player
- Financiamento: Lei Paulo Gustavo – Edital BH nas Telas
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Você é personagem
A premissa é inusitada e envolve diretamente o jogador. "Seu corpo é um personagem, e a velocidade do personagem no jogo é a velocidade que você consegue mexer os seus dedos", explicou João Brant, diretor criativo do estúdio, em entrevista ao podcast Glitch Clube. O jogador controla uma entidade cujo dedo na tela é a nave, em uma experiência que quebra a quarta parede.
BH como cenário principal
A ambientação em Belo Horizonte não foi acidental. O projeto foi viabilizado por recursos do edital BH nas Telas, da Lei Paulo Gustavo. "Juntou essas duas coisas. Na hora que a gente estava elaborando o projeto, a gente já queria fazer uma coisa mais que é a nossa casa", contou Lucas Mattos, outro fundador do estúdio.
Os jogadores já podem reconhecer diversos pontos da cidade. A jornada começa na Praça da Bandeira e desce a Avenida Afonso Pena, com placas de rua, a ciclovia e detalhes do mobiliário urbano. Fases na Lagoa da Pampulha incluem o Mineirão e a Igreja de São Francisco, sem esquecer dos jacarés, que viraram uma "pérola" interna da produção.
"É muito nos detalhes. A gente pensou, vamos fazer as faixas, olha como são as faixas em Belo Horizonte. A calçada com a marca, aquela calçada de pedrinhas pintada branco e preto. Tudo isso a gente tentou trazer porque realmente, tá vendo de cima. Mas ficou super reconhecido. Quem conhece vai bater o olho e vai saber onde que tá", detalhou João Brant.
A narrativa dá continuidade ao primeiro "Magenta Arcade", lançado há uma década. Desta vez, a família do vilão Ivo Magenta busca vingança e toma a cidade, substituindo símbolos locais por sua própria bandeira. Cabe ao jogador, novamente uma entidade divina, salvar BH.
Jogabilidade
Como Jogar Magenta Arcade II
- Sua nave é o seu dedo: O ponto de toque na tela é sua nave e sua arma principal.
- Movimentação e tiro: Arraste o dedo na tela para mover e atacar automaticamente os inimigos.
- Habilidade de "pular" (dash/dodge): Tire o dedo da tela para desviar de lasers e ataques.
- Power-ups e upgrades: Colete power-ups para aumentar o poder de fogo.
- Combos e pontuação: Foque em combos para acumular pontos e melhorar sua performance.
- Inimigos e chefes: Enfrente robôs variados e os chefes insanos da família Magenta, cada um com padrões únicos de ataque.
A jogabilidade é intensa e exige agilidade. O diferencial é a mecânica de teleporte: o jogador pode e deve tirar o dedo da tela para reposicionar a nave e desviar de ataques. "As pessoas parecem que o dedo tá preso na tela. Elas têm uma dificuldade de, 'nossa, eu posso tirar aqui'? Você tira, você sai do perigo", comentou Lucas.
O que achamos
Durante o podcast, testamos o game e confirmamos que ele é tão divertido quanto desafiador. A cada fase, o jogador sente a emoção de reconhecer os pontos reais de Belo Horizonte que servem de cenário, o que adiciona um senso de familiaridade e imersão raro em jogos mobile. A experiência exige estratégia constante para acumular boas pontuações e escapar dos inimigos.
Diferente dos clássicos jogos de "navinha", em Magenta Arcade II o jogador pode desaparecer e reaparecer na tela ao simplesmente tirar e recolocar o dedo, um recurso que redefine o ritmo das partidas. Também é possível jogar com mais de um dedo ativo, o que aumenta o controle, mas torna o jogador mais vulnerável. Essa dualidade força o uso inteligente da mecânica, cada movimento precisa ser calculado.
Experiência completa
O estúdio optou por um modelo de jogo pago (R$ 9,59) e sem anúncios, já disponível para download nas lojas de aplicativos Android e iOS. O título oferece uma experiência completa com início, meio e fim estimada em cerca de seis horas. "A gente trata o celular como se ele fosse um videogame. Ele é um console portátil. O controle é a tela e a gente faz o jogo como se fosse um videogame", defendeu Brant.
Homenagem à capital mineira
Para os desenvolvedores, trazer a identidade local é um trunfo. "Algumas surpresas vão colocar um sorriso nos belo-horizontinos", prometeu João Brant. O jogo é, ao mesmo tempo, uma homenagem à capital mineira e uma afirmação do potencial criativo dos estúdios independentes da região.
Conheça o Glitch Clube
O Glitch Clube é um podcast que mistura informação e entretenimento em bate-papos sobre tecnologia, games, cultura pop e inovação. O programa busca aproximar o público das transformações do mundo digital e das histórias por trás dos criadores. Os episódios estão disponíveis no canal do YouTube do Portal Uai e no Spotify, com conteúdos extras no Instagram oficial.