Redes sociais

Fábrica de 'mini-adultos': o impacto do TikTok na mente das crianças

A busca por likes e a exposição em redes sociais estão acelerando etapas do desenvolvimento; entenda os riscos e como proteger os pequenos no mundo digital

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Crianças com rotinas de beleza complexas, vestindo roupas de adultos e discutindo temas como relacionamentos e finanças em vídeos curtos. Essa é uma cena cada vez mais comum em plataformas como TikTok e Instagram, onde a busca por engajamento transforma a infância em um palco para a performance de uma vida adulta que ainda não chegou.

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O fenômeno, conhecido como "adultização precoce", é impulsionado por algoritmos que recompensam conteúdos virais, muitas vezes à custa do desenvolvimento saudável dos pequenos.

Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023, 88% dos jovens brasileiros de 9 a 17 anos utilizam plataformas como TikTok e Instagram, evidenciando a escala do desafio. A exposição constante a tendências e pressões estéticas acelera etapas que deveriam ser vividas com calma, trocando brincadeiras por tutoriais e a descoberta espontânea pela criação de conteúdo planejado.

Essa dinâmica cria uma fábrica de "mini-adultos", que imitam comportamentos sem ter a maturidade emocional para compreendê-los. A linha entre o público e o privado se torna confusa, e a validação passa a depender de curtidas e comentários, gerando um ciclo de ansiedade e busca por aprovação externa.

Quais são os principais riscos?

Acelerar a infância deixa marcas profundas. O cérebro infantil, ainda em formação, não está preparado para lidar com a complexidade e a pressão do mundo digital adulto. Os principais impactos negativos incluem:

  • Ansiedade e pressão estética: a busca incessante por um padrão de beleza irreal e a comparação com outros perfis podem levar a problemas de autoestima e distúrbios de imagem desde cedo.

  • Perda de etapas do desenvolvimento: a infância é um período crucial para o desenvolvimento de habilidades sociais, criatividade e resolução de problemas através do lúdico. Substituir o brincar pela performance digital compromete esse processo.

  • Exposição a conteúdos inadequados: sem a supervisão correta, as crianças podem ser expostas a temas, linguagens e até mesmo a predadores online, colocando sua segurança em risco.

  • Dificuldade em lidar com frustrações: o ambiente digital oferece recompensas instantâneas. No mundo real, as conquistas exigem tempo e esforço, e a criança pode não desenvolver a resiliência necessária para enfrentar desafios.

familia no celular
Essa dinâmica nas redes cria uma fábrica de "mini-adultos", que imitam comportamentos sem ter a maturidade emocional para compreendê-los.Pexels

Como os pais podem agir?

Proibir o acesso pode não ser a solução mais eficaz. O caminho mais indicado é a mediação e a orientação, construindo um ambiente digital seguro para os filhos, um debate que já inspira discussões legislativas sobre o tema. Algumas atitudes práticas ajudam a proteger as crianças:

  • Diálogo aberto: converse sobre os perigos e benefícios das redes sociais, ensinando a diferenciar o que é real do que é encenado para a internet.

  • Estabelecer limites claros: defina horários para o uso de telas e regras sobre os tipos de conteúdo que podem ser consumidos e criados. Especialistas recomendam que o acesso a redes sociais só ocorra após os 13 anos, e mesmo assim com supervisão. Ferramentas de controle parental são aliadas importantes.

  • Acompanhamento ativo: saiba quais perfis seu filho segue e que tipo de conteúdo ele posta. Esteja presente na vida digital dele tanto quanto na vida real.

  • Incentivo a atividades offline: estimule brincadeiras, esportes, leitura e outras atividades que promovam o desenvolvimento de habilidades e interações fora do ambiente digital.

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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.

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