5 gambiarras que a ciência usou para fazer descobertas
De camisinhas para estudar cigarras a peças de Lego em laboratórios, conheça soluções criativas e de baixo custo que impulsionaram a pesquisa
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A criatividade na ciência muitas vezes emerge da necessidade, e uma prova recente disso surgiu diretamente da Amazônia. Pesquisadores utilizaram preservativos para descobrir função de torres de argila construída pelas cigarras. Uma solução de baixo custo que garantiu o sucesso do estudo e chamou atenção pela simplicidade genial.
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Umas das hipóteses levantadas é que as torres permitiam trocas gasosas para que as cigarras pudessem respirar dentro das estruturas. Durante o experimento, as camisinhas inflaram com o gás carbônico que sai pelos pequenos poros da argila, comprovando a teoria.
O caso, no entanto, não é um ponto fora da curva. Laboratórios ao redor do mundo frequentemente recorrem a adaptações engenhosas, conhecidas popularmente como "gambiarras", para superar orçamentos limitados ou resolver problemas que equipamentos convencionais não conseguem solucionar. Essas soluções mostram que grandes descobertas podem depender mais de uma boa ideia do que de recursos caros.
Conheça outras adaptações surpreendentes que impulsionaram a pesquisa científica:
1. Fita adesiva para isolar grafeno
Uma das mais famosas "gambiarras" da ciência moderna rendeu um Prêmio Nobel de Física em 2010. Para obter o grafeno, um material com a espessura de um único átomo, os cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov usaram fita adesiva comum para desgastar camadas de grafite. O método, surpreendentemente simples, permitiu isolar o material revolucionário pela primeira vez.
2. Peças de Lego em laboratórios
Os blocos de montar não servem apenas para crianças. Por sua precisão, padronização e baixo custo, peças de Lego são usadas para construir desde suportes para microscópios até sistemas de automação para experimentos. A versatilidade do brinquedo permite a criação de protótipos rápidos e funcionais para diversas tarefas laboratoriais.
Um exemplo foi o uso dos blocos por uma equipe da Universidade de Cardiff, no País de Gales, para montar uma impressora 3D que imprime pele humana artificial. A tecnologia é chamada de “bioimpressão 3D”.
3. Liquidificador de cozinha para análises de DNA
Para estudar o DNA de plantas ou outros organismos, o primeiro passo é romper suas células. Um liquidificador de cozinha comum cumpre essa função com eficiência. As lâminas girando em alta velocidade quebram as paredes celulares e liberam o material genético, que pode então ser isolado para análise.
4. Leitor de DVD para criar microscópios
A tecnologia projetada para ler discos de vídeo possui componentes ópticos extremamente precisos. O conjunto de laser e lentes de um leitor de DVD ou Blu-ray pode ser reaproveitado para construir um microscópio. Essa adaptação permite visualizar estruturas em escala nanométrica com um custo muito inferior ao de um equipamento comercial.
5. Caneta que salvou a missão Apollo 11
Quando Neil Armstrong e Buzz Aldrin desceram à Lua para coletar amostras durante a missão Apollo 11, Aldrin percebeu que a manopla do disjuntor que ligava o foguete para tirá-los da superfície lunar estava quebrado. O astronauta então usou uma caneta marcadora que estava em seu bolso para enganchar a ponta no lugar do interruptor e acionar o disjuntor, salvando a missão.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.