ESTÉTICA ÍNTIMA

Cantora Medrado sofre queimaduras após realizar ninfoplastia sem cortes

Procedimento promete retração dos pequenos lábios sem bisturi, mas a realidade envolve queimaduras profundas, recuperação longa e resultados aquém do normal

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Por meio dos stories do Instagram, a cantora Medrado compartilhou sua experiência após realizar uma ninfoplastia sem cortes, alertando seus seguidores sobre as complicações que sofreu devido ao procedimento.  “Hoje eu tenho 16 dias de recuperação da ninfoplastia sem cortes. São 16 dias de terror, da pior cirurgia da minha vida, que eu não indico”, disse a artista.

“Dos cinco cirurgiões plásticos que conversei até o momento, todos falaram que eu estou com queimadura de terceiro grau”, completou. Segundo o ginecologista Igor Padovesi, a ninfoplastia sem cortes, que pode ser realizada com aparelhos como o jato de plasma, causa retração do tecido dos pequenos lábios por meio de queimaduras, vendidas como “mínima intervenção”, mas que, na prática, resultam em dor intensa, recuperação complicada e frustração com os resultados.

“O aumento da procura pela ninfoplastia fez com que profissionais não médicos, como esteticistas, biomédicos e fisioterapeutas, passassem a oferecer o procedimento sem cortes. O problema é que esses dispositivos provocam queimaduras extensas nos pequenos lábios. Já atendi pacientes que chegaram ao consultório com os tecidos literalmente em carne viva por mais de um mês”, alerta o especialista.

Além do risco imediato, a recuperação costuma ser dolorosa e demorada. “Durante o processo de regeneração da pele queimada, a paciente enfrenta dor intensa, dificuldade para realizar atividades cotidianas e um desconforto que pode se estender por semanas”, explica.

E, ao contrário do que é prometido, os resultados geralmente não correspondem às expectativas. “Esse tipo de técnica gera apenas uma retração discreta, muito aquém do que a mulher espera e do que é possível obter com a cirurgia tradicional. Por isso, não é raro receber no consultório mulheres que já passaram pela ninfoplastia sem cortes e, insatisfeitas, precisaram buscar depois a cirurgia convencional”, acrescenta o especialista.

O apelo do baixo custo e da ideia de uma intervenção “simples” pode atrair num primeiro momento, mas acaba saindo mais caro, tanto financeiramente quanto emocionalmente. De acordo com Igor, muitas mulheres recorrem à ninfoplastia sem cortes por falta de informação sobre a cirurgia convencional.

“O procedimento tradicional é realizado com anestesia local e consiste na retirada do excesso de pele por meio de cortes precisos, seguida de sutura delicada com pontos absorvíveis, sem prejuízo da sensibilidade ou da função sexual”, explica.

E, graças aos avanços técnicos, a cirurgia hoje é feita em consultório, sem necessidade de internação hospitalar, anestesista ou custos extras. “A paciente pode inclusive ir embora dirigindo, e a cicatrização ocorre em poucos dias quando se usa a técnica correta”, explica o médico.

Em um trabalho apresentado durante o congresso da Sociedade Internacional de Uroginecologia (IUGA), Igor Padovesi mostrou que 93,2% das mulheres entrevistadas, após passarem pela ninfoplastia, afirmaram que, se soubessem como era a cirurgia, teriam feito antes. Isso reforça que é um procedimento muito mais simples do que muitas imaginam.

Segundo o especialista, a cirurgia convencional tem alto índice de satisfação. “Ao serem questionadas, 90,2% das mulheres disseram que todas as suas queixas e sintomas foram resolvidas com o procedimento, sendo que apenas 9,8% ficaram apenas parcialmente satisfeitas e nenhuma relatou insatisfação com o procedimento”, pontua o médico.

E o impacto da ninfoplastia não se resume ao desconforto físico. “O principal motivador é o efeito psicológico. Muitas mulheres carregam insegurança e baixa autoestima, e, em busca de alívio, acabam aceitando alternativas pouco seguras. É fundamental levar informação clara, alertar sobre os riscos das técnicas sem cortes e reforçar a importância de buscar um especialista qualificado para garantir segurança, bons resultados e uma verdadeira transformação na qualidade de vida”, aponta Igor Padovesi.

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