QUANDO OPERAR?

Roberto Justus lesiona menisco e passa por cirurgia no joelho; entenda

Estudos apontam que mais de 500 mil procedimentos no menisco são realizados anualmente no Brasil, mas nem sempre a cirurgia é a primeira escolha

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O empresário e apresentador Roberto Justus lesionou o joelho na semana passada e precisou operar o menisco, após jogar pickleball, esporte semelhante ao tênis, badminton e tênis de mesa. "Operei meu menisco e estou de repouso", disse ele.

Localizado entre o fêmur e a tíbia, o menisco é uma estrutura em forma de “C” que atua como amortecedor e estabilizador do joelho. Apesar de pequeno, ele tem grande importância na absorção de impacto e na preservação da cartilagem.

“Não à toa, as lesões nessa região são uma das causas mais comuns de dor no joelho e também um dos motivos mais frequentes para cirurgias ortopédicas”, explica o ortopedista especialista em cirurgias do Joelho e cirurgias do Quadril (HSL-RP), Fernando Jorge.



Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a cirurgia do menisco é indicada principalmente quando a lesão é grave ou instável, provocando sintomas como dor intensa, inchaço e bloqueio articular.

“Isso pode acontecer em rupturas extensas, como o chamado ‘bucket handle’, em que parte do menisco se desloca e impede o movimento. No caso de lesões agudas em atletas por exemplo, a cirurgia é indicada especialmente se o objetivo é retorno rápido ao esporte ou à função física. Também é comum que a intervenção seja necessária quando o tratamento conservador, que inclui fisioterapia, fortalecimento muscular e controle de inflamação, não é suficiente para devolver a função do joelho”, comenta o médico.

As causas de problemas no menisco variam conforme a faixa etária. “Em jovens e atletas, o problema costuma ser traumático, resultado de movimentos bruscos de torção ou impacto, especialmente em esportes como futebol, basquete e vôlei. Já em pessoas acima dos 40 anos, as lesões tendem a ser degenerativas, fruto do desgaste natural e de microtraumas repetitivos. Em ambos os casos, a recomendação atual é preservar o máximo possível do tecido meniscal, já que a retirada total aumenta o risco de artrose precoce”, comenta.

"O menisco tem papel fundamental na longevidade do joelho. Sempre que possível, optamos pelo reparo e não pela remoção, pois a ausência dele compromete a absorção de impacto e acelera o desgaste da articulação”, explica o ortopedista.

Embora seja um procedimento seguro e bastante realizado, a cirurgia não é indicada para todos os casos. “Em lesões menores, especialmente degenerativas, a fisioterapia e a adaptação das atividades podem ser suficientes para o controle da dor e a retomada da mobilidade”, diz o médico.

Quando há uma associação com outras lesões, como ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), a reconstrução ligamentar e o reparo do menisco muitas vezes são feitos juntos. "O mais importante é consultar um ortopedista”, reforça Fernando Jorge.

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