MENSTRUAÇÃO

Sangramento intenso, cólicas e cansaço: sinais que merecem atenção

Qualquer mal-estar que interfira na qualidade de vida deve ser avaliado, diz especialista; sangramento uterino anormal afeta cerca de 40% das mulheres no mundo

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Frequentemente, a menstruação é associada à dor, desconforto e limitações. Por ser um processo natural do corpo feminino durante a vida reprodutiva, muitas mulheres convivem com esses incômodos sem buscar ajuda médica. “Mesmo com o acesso à informação, não são raros os casos de mulheres que têm sua qualidade de vida comprometida durante o período menstrual, seja por cólicas intensas, exaustão física ou fluxo abundante. Apesar de ser um processo fisiológico comum, o conhecimento sobre os sintomas é essencial para que a mulher consiga manter sua rotina com bem-estar”, explica a ginecologista e mastologista pela UNIFESP, Morgana Domingues, consultora da Biolab Farmacêutica.

Na maioria dos casos, a oscilação hormonal é a principal causa desses desconfortos. O ciclo menstrual, que pode durar de 21 a 35 dias, envolve diferentes fases no corpo feminino. É no período pré-menstrual que os sintomas mais intensos costumam surgir, devido à queda dos hormônios estrogênio e progesterona. “O autoconhecimento é uma ferramenta fundamental. A forma como cada mulher sente e lida com o ciclo é individual, por isso é importante monitorar todas as fases para identificar quais sintomas aparecem e em que momento. Assim, é possível buscar ajuda médica e encontrar o tratamento mais adequado à sua realidade”, orienta Morgana.

Outro fator que merece atenção é o fluxo menstrual intenso, que pode evoluir para quadros mais graves. A condição conhecida como sangramento uterino anormal (SUA) afeta cerca de 40% das mulheres no mundo, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A especialista destaca que identificar o volume exato do sangramento pode ser difícil, mas um indicativo é a frequência com que a paciente precisa trocar o absorvente ou o coletor menstrual.

“Em um ciclo considerado normal, a perda sanguínea gira em torno de 70 a 80 ml. Nos casos de sangramento intenso, esse volume pode chegar ao dobro. Entre os indicativos que podem ser observados pela paciente é o vazamento na roupa, além da troca excessiva de absorventes em um curto período de tempo, de 2 a 3 horas. A necessidade de troca à noite e a perda de coágulos em grande quantidade também são sinais de alerta. Além disso, é importante observar por quantos dias a menstruação se prolonga. Segundo a Febrasgo, o sangramento não deve ultrapassar oito dias. A perda excessiva de sangue leva à deficiência de ferro e, consequentemente, à anemia, caracterizada por cansaço constante e outros impactos na saúde”, alerta a médica.

Mas afinal, quando é hora de procurar ajuda? Morgana reforça que qualquer mal-estar que interfira na qualidade de vida da mulher deve ser avaliado. “Em casos mais leves, o médico pode recomendar a prática de atividades físicas respeitando os limites do corpo, além do uso de anti-inflamatórios. O tratamento com contraceptivos hormonais também apresenta bons resultados, alguns sendo, até mesmo, indicados em bula na redução do sangramento uterino anormal, como por exemplo um regime quadrifásico e o uso de DIUs”, explica a ginecologista.

Morgana destaca a importância do acesso à informação e às opções de tratamento adequadas à realidade de cada paciente. “Respeitar o ritmo de cada fase e acolher as suas necessidades não precisa ser sinônimo de sofrimento. As mulheres têm, hoje, ferramentas para manter a autonomia sobre as decisões que envolvem seu corpo, buscando alternativas que ofereçam conforto e bem-estar durante todas as fases do ciclo menstrual”, diz.

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