Pessoas entre 50 e 59 anos estão entre as que mais contraem influenza
Entre pessoas da faixa etária, 29,4% receberam diagnóstico positivo, segundo levantamento da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica por dados do ITpS
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Siga noDe acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que concentra dados de mais de 80% do volume de exames realizados na saúde suplementar no Brasil, o total de testes realizados nas últimas semanas mostra que há uma forte tendência de crescimento dos casos de influenza e H1N1 no país, especialmente entre alguns grupos etários.
Entre pessoas de 50 a 59 anos que fizeram o exame para identificar influenza, 29,4% receberam diagnóstico positivo. A faixa etária de 5 a 9 anos também tem taxa de positividade semelhante, com 29,7% dos casos confirmados. O recorte etário foi feito pela Abramed a partir de dados do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com quem atua em parceria no monitoramento epidemiológico, à pedido do Viva. A faixa com menor percentual de positivos é a de 0 a 4 anos, com 18,6% dos casos.
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De modo geral, os casos positivos de influenza passaram de 8,1% para 26,3% dos testes realizados entre 30 de março e 7 de junho no Brasil. O período compreende nove semanas epidemiológicas de acompanhamento de dados laboratoriais da doença. A análise mostra que, após um breve período de estabilidade em meados de maio, os casos voltaram a subir fortemente entre o final de maio e o início de junho.
Os casos de H1N1 também registram alta similar nas últimas cinco semanas de referência (de 13 de abril a 17 de maio). Nesses, a taxa de positividade saltou de 5,8% para 23,9%, mostrando uma escalada contínua nas notificações. A média móvel da positividade, que considera os resultados das últimas cinco semanas, também evidencia esse crescimento: passou de 5,9% para 15,4% no mesmo intervalo, confirmando uma tendência sólida de alta.
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A Abramed alerta que o avanço das infecções respiratórias reforça a importância das campanhas de vacinação contra a gripe, especialmente entre os grupos prioritários, como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades.
Destaca também que a identificação precoce dos casos e o diagnóstico laboratorial seguem sendo fundamentais para evitar complicações clínicas e reduzir a sobrecarga nos serviços de saúde. “O aumento da positividade nos testes de H1N1 observado nas últimas semanas exige atenção. A testagem continua sendo uma ferramenta essencial para orientar decisões clínicas e de saúde pública”, afirma Alex Galoro, patologista clínico e líder do comitê técnico de análises clínicas da associação.
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