Derrota inesperada na CPI do INSS mostra erro de avaliação política do Planalto

Governo contabilizava maioria na comissão, mas foi atropelado pela oposição por 17 votos a 14. O senador Carlos Viana e o deputado Alfredo Gaspar assumiram o comando do colegiado

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Em reviravolta surpreendente, a oposição derrotou o governo na instalação da CPI Mista do INSS e derrubou os nomes indicados pelos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para os principais cargos do colegiado. Por 17 votos a 14, a comissão elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para presidente e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) para relator. Com essa decisão, foram rejeitados os nomes do senador Omar Aziz (PSD-AM) e do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), apoiados pelo Planalto e pelos chefes do Legislativo.

O resultado da votação da CPI representa, para o Planalto, um revés de grandes proporções. Com o comando da CPI nas mãos, a oposição ganha um palco para desgastar o governo com convocações, interrogatórios e requisições de documentos. A pouco mais de um ano das eleições, a comissão será fonte de farto material para os oposicionistas fustigarem Lula no final de seu terceiro mandato.

A derrota na CPI expõe um evidente erro de avaliação política dos governistas. O placar mostra que o Planalto não tem maioria no colegiado, ao contrário do que demonstrava. Aziz e Ayres deram várias entrevistas nos últimos dias sobre os trabalhos da comissão, como se já estivessem confirmados para os cargos. 

A instalação da CPI vinha sendo aguardada desde maio, quando o requerimento foi protocolado com 36 assinaturas de senadores e 223 de deputados, número acima do mínimo exigido. A iniciativa ganhou força nos últimos meses e se tornou uma das principais bandeiras da oposição no Congresso.

A comissão terá inicialmente prazo de 180 dias para concluir as investigações, mas esse período pode ser prorrogado. A expectativa é que os trabalhos sejam encerrados até o fim do ano.

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