Entorno de Motta vê digital do Planalto em vídeos de IA

Aliados chegam a comparar o ataque ao chamado "gabinete do ódio" que funcionava no Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro

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A semana começou marcada por uma série de vídeos produzidos por meio de inteligência artificial tendo um ponto em comum: o linchamento virtual do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que vem sendo acusado pelo governo de ter rompido acordos políticos e pautado a derrubada do decreto que aumentava a alíquota do IOF (Imposto sobre Operação Financeira), votação que ocorreu na semana passada, na Câmara e no Senado.

No fim de semana, um vídeo divulgado pelo PT, reforçou o discurso que deverá ser usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do ano que vem, apontando para a injustiça na cobrança de impostos, com pobres pagando a maior parte dos impostos e ricos pagando pouco ou nada. O que se seguiu após a divulgação do vídeo do PT, produzido com tecnologia de inteligência artificial, foi uma espécie de ataque especulativo virtual contra Motta e sua família.

Hoje, apesar do apoio recebido da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o entorno do presidente da Câmara enxerga a digital do Palácio do Planalto nessa proliferação de vídeos nas redes sociais. De acordo com fontes próximas a Motta, o vídeo do PT teve argumentos elaborados pelo governo e foi o estopim para a proliferação de outros vídeos, usando a mesma tecnologia, que atacaram Motta e sua família. A ação, para aliados do paraibano, é comparada ao “gabinete do ódio” que funcionava no Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro.

Estímulo de Lula
O ataque virtual é um obstáculo à reaproximação do presidente da Câmara com o governo. Aliados de Motta indicaram, em conversa com o PlatôBR, que consideram que a entrevista dada por Lula na Bahia, na quarta-feira, 2, também estimulou a divulgação dos vídeos. Apesar de dizer que não há ruptura de relações do governo com Motta, devido ao episódio do IOF, Lula manteve o tom acusatório. “O erro foi o descumprimento de um acordo, que tinha sido feito no domingo à meia-noite na casa do presidente Hugo Motta”, disse o petista. “Agora, você pode perguntar ‘se tem um rompimento com o Congresso’. Não. O presidente da República não rompe com o Congresso”, disse o presidente.

Os sinais de reconciliação foram lançados tanto pelo Planalto quanto pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), após a derrota acachapante imposta ao governo na semana passada, quando a ideia de rompimento era comum nos corredores do Congresso. O diálogo com Alcolumbre foi reaberto, mas Motta ainda resiste, enquanto sua equipe monitora a divulgação dos vídeos.

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