As preocupações dos aliados e da família com a saúde de Bolsonaro

Ex-presidente foi diagnosticado com esofagite intensa e permanecerá em repouso domiciliar durante o mês de julho. Agendas marcadas para Santa Catarina e Rondônia foram canceladas

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A decisão médica de afastar Jair Bolsonaro de compromissos públicos no mês de julho acendeu um alerta entre aliados próximos ao ex-presidente. Internamente, o diagnóstico divulgado nesta quarta-feira, 2, reforçou a percepção de que ele precisa de um período de recuperação e descanso, ainda que temporário, das atividades políticas. Com a orientação, agendas marcadas em Santa Catarina e Rondônia foram canceladas. 

Segundo boletim do Hospital DF Star, Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia digestiva que identificou um quadro de esofagite intensa com processo inflamatório, erosões na mucosa esofágica e gastrite moderada. O tratamento medicamentoso será intensificado, com recomendações de repouso domiciliar, dieta regrada e moderação na fala. A equipe médica já havia iniciado os cuidados nos últimos dias, após o ex-presidente apresentar mal-estar durante agenda em Goiás.

Aliado próximo a Bolsonaro, o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) minimizou os efeitos da pausa nos compromissos públicos do ex-mandatário. Para ele, o afastamento não deve afetar as articulações políticas de olho em 2026. “Será um período de recuperação. Ele precisa desse tempo para descansar”, afirmou ao PlatôBR. “Eu estou muito feliz que ele vai descansar, que ele vai se recuperar plenamente. Porque nós precisamos dele. Então eu prefiro que ele tire essa folga e obedeça aos médicos.”

O parlamentar relatou que esteve com Bolsonaro em Presidente Prudente (SP) poucos dias antes do episódio em que ele passou mal e precisou cancelar agendas previstas para Goiânia. “Ele já estava bem abatido, já tinha vomitado bastante à noite. Ele estava só com uma garrafinha de água, sem ingerir mais nada. Foi uma agenda puxada e ali percebemos que ele estava ruim”, contou.

Nas redes sociais, familiares e aliados de Bolsonaro reagiram ao diagnóstico com mensagens que reforçam tanto a necessidade de recuperação quanto a centralidade do ex-presidente na articulação política da direita. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também adotou o tom de que o descanso é necessário neste momento. “Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé que Deus o ajudará e logo, logo, ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho”, escreveu.

Figuras próximas adotaram um discurso mais enfático. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai “está literalmente se matando depois de terem tentado matá-lo”, em referência à facada sofrida em 2018. “Força, pai. Tenha piedade, Senhor!”, completou. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhou o boletim médico e pediu “compreensão e respeito” à pausa nas agendas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado cotado como possível plano B para 2026, destacou a “resiliência e coragem” de Bolsonaro e afirmou: “Estamos juntos!”.

Oito cirurgias
Desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, Jair Bolsonaro já passou por oito cirurgias relacionadas ao sistema digestivo e enfrenta complicações recorrentes, como obstruções intestinais, refluxo e crises de esofagite, que têm exigido internações, exames e afastamentos da vida pública.

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