Modelos de segurança eleitoral: o que aprender com democracias de referência
Da Estônia à Nova Zelândia, conheça exemplos de sistemas eleitorais confiáveis e transparentes e veja as lições para outras democracias
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Enquanto debates sobre a integridade de eleições ganham espaço globalmente, alguns países se destacam como referências em transparência e segurança. Nações como Estônia, Nova Zelândia e Finlândia desenvolveram processos eleitorais que servem de modelo para outras democracias, combinando tecnologia, regras claras e alta confiança da população nas instituições.
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Esses sistemas, apesar de diferentes entre si, compartilham princípios fundamentais que garantem sua confiabilidade. Eles mostram que a segurança de uma eleição não depende de um único método, mas de um ecossistema de práticas bem estabelecidas que protegem o voto desde a inscrição do eleitor até a contagem final dos resultados.
O que define uma eleição segura?
A base de um processo eleitoral confiável vai além da urna. Vários fatores contribuem para que a população e a comunidade internacional considerem uma eleição justa e segura. Os elementos mais comuns em países com sistemas bem avaliados são:
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Transparência: as regras do jogo são claras e acessíveis a todos. O financiamento de campanhas é fiscalizado, e os resultados são auditáveis de forma independente.
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Acesso e simplicidade: o processo para se registrar e votar é fácil e intuitivo, garantindo que o maior número possível de cidadãos aptos possa participar sem barreiras.
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Instituições independentes: órgãos eleitorais autônomos, sem interferência política, são responsáveis por organizar e supervisionar todas as etapas da votação.
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Educação cívica: a população é bem informada sobre o funcionamento do sistema eleitoral, o que ajuda a construir confiança e a reduzir a disseminação de desinformação.
Exemplos que inspiram democracias
A Estônia é um caso pioneiro no uso da tecnologia. Desde 2005 o país permite, além do voto em papel, o voto pela internet, apoiado em um robusto sistema de identidade digital que garante a segurança da autenticação do eleitor. Quando o voto chega à Comissão Nacional Eleitoral, a identidade é suprimida para garantir o anonimato de quem votou. Todo o processo é criptografado e pode ser verificado pelo próprio cidadão, fortalecendo a confiança no modelo digital.
O país ainda oferece o serviço de urna móvel para aqueles com dificuldades de locomoção. Segundo o governo local, as eleições de 2023 tiveram o maior número de votos, com a participação de 63,7% da população votante. Também foi o ano em que, pela primeira vez, os votos on-line (51%) superaram os votos em papel (49%).
Na Nova Zelândia, o foco está na transparência e na facilidade de participação. O país possui uma comissão eleitoral independente com grande credibilidade. O registro de eleitores é proativo e a votação pode ser feita antecipadamente em diversos locais, o que aumenta a adesão e torna o processo mais conveniente.
Cada eleitor deve se cadastrar com antecedência para participar das eleições e recebe um pacote chamado “EasyVote” com uma lista de locais de votação próximos e outras informações. Para os neozelandeses que estiverem fora do país, é possível baixar a cédula de votação no site oficial e enviar pelo correio.
Já a Finlândia e outros países nórdicos, como a Dinamarca, são exemplos de sucesso com sistemas tradicionais. A votação em papel é simples, a contagem é pública, e a confiança nas instituições que administram a eleição é altíssima. Em ambos países, é possível votar com antecedência e pelo correio mediante registro prévio para tal.
Para facilitar o processo eleitoral, a Finlândia permite que cidadãos que residem fora do país votem por e-mail e cartazes com as fotos e nomes dos candidatos são instalados nas ruas durante o período eleitoral.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.