ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Maioria da população do Rio apoia equiparar facções a terroristas

Levantamento indica ainda que 59% dos fluminenses defendem nova GLO com Exército; 72% são contra facilitar acesso a armas

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Pesquisa Genial/Quaest, divulgada na manhã desta segunda-feira (3/11), revela que 72% da população do estado do Rio de Janeiro é a favor de enquadrar organizações do crime organizado como organizações terroristas.

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O dado vem à tona em meio ao acalorado debate sobre segurança pública, intensificado após a recente megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A proposta de equiparação, que avança no Congresso, é rejeitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O levantamento entrevistou 1.500 residentes do Rio de Janeiro entre os dias 30 e 31 de outubro. Os dados mostram um apoio amplo a outras medidas de endurecimento penal. A proposta de aumentar a pena de prisão para condenados por homicídio a mando de organizações criminosas tem a aprovação de 85% dos entrevistados.

Além disso, 62% dos cariocas são favoráveis a retirar o direito à visita íntima nas prisões para membros de facções, e 53% defendem a proibição das "saidinhas" temporárias, mesmo para presos com bom comportamento ou que já tenham cumprido a maior parte da pena.

Divisão sobre GLO

A pesquisa também mediu o apoio a uma nova intervenção federal na segurança do estado. Questionados se o governo Lula deveria decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para trazer o Exército de volta ao patrulhamento, como ocorreu em 2018, 59% dos fluminenses disseram "sim", enquanto 38% responderam "não".

Neste ponto, a polarização política é nítida. Entre os eleitores que se declaram "lulistas", a medida é rejeitada pela maioria: 52% são contra a GLO, e 47% a favor. Já entre os "bolsonaristas", o apoio é da maioria: 80% defendem a GLO, e apenas 20% são contrários.

Câmeras

O levantamento revela outras pontos da opinião pública sobre segurança. 51% concordam com a frase "bandido bom é bandido morto" e 58% defendam a pena de morte para crimes graves. Além disso, uma maioria expressiva de 81% concorda que "policiais deveriam usar câmeras em uniformes".

A pesquisa também mostra que para 78% dos entrevistados, "o problema é que a polícia prende e a justiça solta". A percepção de impunidade é alta: 82% acreditam que "líderes de facções ajudam a eleger deputados, portanto dificilmente são presos".

Essa percepção se reflete na confiança nas instituições. Enquanto a confiança na Polícia Militar cresceu, passando de 65% em novembro de 2023 para 72% em outubro de 2025, a confiança no Poder Judiciário caiu no mesmo período, de 67% para 61%.

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Quando questionados sobre qual crime mais os preocupa atualmente, "pedofilia" lidera com 21%, seguida por "domínio das facções nas favelas" (16%) e "homicídio" (15%).

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 1.500 pessoas presencialmente e tem margem de erro estimada de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiabilidade é de 95%.

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