Aprovação de Cláudio Castro dispara 10 pontos após operação no Rio
Salto é puxado por eleitores de Bolsonaro (82% de aprovação), enquanto 69% dos eleitores de Lula desaprovam o governador do Rio de Janeiro
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Após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história do Rio de Janero, a aprovação do governador Cláudio Castro (PL) disparou 10 pontos percentuais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada neste domingo (2/11).
O levantamento mostra que a aprovação geral ao seu governo, que estava estável em 43% em agosto, saltou para 53% no fim de outubro. No mesmo período, a desaprovação oscilou negativamente, de 41% para 40% e o índice dos indecisos baixou de 16 para 7%.
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Os números indicam que o posicionamento de Castro encontrou forte aprovação em parte significativa do eleitorado. Enquanto Castro tem a aprovação de 82% dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022, ele é massivamente rejeitado por 69% dos eleitores do presidente Lula (PT). Entre os eleitores de Bolsonaro, a desaprovação a Castro é de apenas 15%, índice que estava em 38% em agosto deste ano.
O impacto da operação na imagem do governador fica ainda mais claro quando analisada especificamente a área da segurança pública. A avaliação positiva (ótimo/bom) de seu trabalho no setor mais do que dobrou desde o início do ano, saindo de 16% em fevereiro para 39% em outubro.
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Paralelamente, a avaliação negativa (ruim/péssimo) na segurança, que era de 46% em fevereiro, despencou para 34% após a operação. Um dia após o confronto, que resultou em 121 mortos, o governador foi incisivo ao afirmar que "de vítima só tivemos os policiais", descrevendo a ação como um "duro golpe" na criminalidade e um "dia histórico".
Motivação divide opiniões
A pesquisa também questionou o que os eleitores acreditam ter sido o principal motivo do governador ao ordenar a operação. Para a maioria (54%), a intenção foi "combater o crime organizado". No entanto, 40% acreditam que a ação foi motivada por razões políticas, visando "ganhar popularidade".
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Essa percepção também é guiada pela polarização: 84% dos bolsonaristas acreditam que a motivação foi o combate ao crime, enquanto 72% dos lulistas veem a operação como uma ação para "ganhar popularidade".