Deputada chamada de "Barbie da Shopee" vai acionar Conselho de Ética
Durante sua fala, Amanda Teixeira (PL) citou a parlamentar federal Érika Hilton (Psol-SP) como o tipo de mulher que "eles apoiam", referindo-se à esquerda.
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A deputada estadual Amanda Teixeira de Freitas (PL) afirmou que vai representar contra seu colega Leleco Pimentel (PT) na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) por violência política de gênero.
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Na semana passada, durante a votação da proposta do governador Romeu Zema (Novo) que abre caminho para a venda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a parlamentar, que votou favoravelmente ao fim do referendo para privatização da estatal, foi chamada de “Barbie da Shopee” pelos manifestantes presentes na galeria. O comentário foi reproduzido por Leleco durante um aparte, provocando confusão durante a sessão, que acabou sendo suspensa pela presidência da ALMG.
“Eu queria falar que irei representar no Conselho de Ética contra esse deputado para que seja apurado se ele odeia as mulheres. Para que seja apurado se ele persegue as mulheres na política, porque isso não aconteceu só dessa vez, já aconteceu outras vezes”, afirmou a deputada que levou para a tribuna do parlamento uma boneca Barbie falsificada.
Durante sua fala, Amanda criticou a deputada federal Érika Hilton (Psol-SP), primeira mulher trans eleita por seu estado para a Câmara, e disse que a parlamentar paulista é o tipo que, segundo ela, “eles apoiam”. Amanda lembrou as denúncias de que Hilton teria contratado dois maquiadores para trabalhar em seu gabinete, na Câmara. Segundo Hilton, os dois são maquiadores, mas exercem em seu gabinete funções de assessoramento.
“Eu queria que todas as mulheres nesse Brasil tivessem auxílio-maquiagem e eu seria a primeira, inclusive, a apoiar, mas com a economia que está aí realmente, um governo que afunda um país, que é déficit em cima de déficit e que coloca os cofres públicos sempre no vermelho, ter uma deputada federal que (...) custeia maquiadores com verba da câmara, essa é a deputada que vocês tem como parâmetro, essa é a deputada que a esquerda apoia”, questionou a Amanda.
Amanda, que foi defendida no dia da confusão pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), disse que teve que fechar suas redes sociais depois do episódio devido a ataques virtuais. “Barbie da Shopee não pode ser colocado para mulheres que estão na política, que são mães, que têm problemas, que trabalham”.
A parlamentar foi apoiada pelo deputado Cristiano Caporezzo (PL) que chamou o bloco de esquerda de “hipócritas”. “Imagina se fosse eu falando algum adjetivo pejorativo para alguma das deputadas do bloco de esquerda, falando da aparência delas. Essa assembleia ia abaixo”, afirmou Caporezzo.
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Nenhum parlamentar do bloco de esquerda estava presente no plenário durante as falas da deputada.