PRIVATIZAÇÃO

Copasa: estudo aponta que saneamento privado tem contas mais caras

Levantamento revela tarifas 19% mais caras em comparação entre países do Reino Unido

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Em meio à discussão da privatização da Copasa na Assembleia Legislativa (ALMG), um estudo da Universidade de Greenwich, no Reino Unido, analisa os dados de empresas de saneamento e aponta custo mais alto na conta de água nas companhias privadas.

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O texto, intitulado “Leaking Money: Privatized Water Finance Costs in England and Wales” (Vazando dinheiro: custos financeiros da água privatizada na Inglaterra e no País de Gales, em português), compara os dados de empresas de água privatizadas da Inglaterra e do País de Gales com o sistema público da Escócia. Os três países, junto da Irlanda do Norte, compõem o Reino Unido.

Publicado em 2024, o estudo projetou que a tarifa média das contas de água em 2025 seria 19% mais barata na Escócia, onde o saneamento é estatal, em comparação com Inglaterra e Gales. Para o consumidor final, a projeção estabeleceu o custo médio de 603 libras (R$ 4.300 na cotação atual) anuais para o sistema privado contra 490 libras (R$ 3.500) anuais no público.

Custos mais altos no sistema privado

A diferença na tarifa é explicada por custos maiores na operação das empresas privatizadas. No caso de Gales e Inglaterra, cerca de 35% dos valores pagos pelos consumidores foi destinado apenas para custos financeiros, que incluem juros de dívidas e pagamento de dividendos a acionistas.

Na Escócia, o custo financeiro representa apenas 8% das tarifas, já que a empresa pública não paga dividendos a acionistas privados. Desde a fundação da Scottish Water, estatal de saneamento do país, em 2002, as contas reduziram 11%, segundo dados da empresa.

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Exemplos internacionais

Além de analisar os dados do Reino Unido, o estudo cita exemplos de pesquisas em outros países que revelam resultados semelhantes.

Nos Estados Unidos, um estudo do Conselho Mundial de Água de 2022 apontou que os preços das companhias privadas eram 59% mais altos que os das empresas de saneamento público.

Já um artigo publicado na Review of Industrial Organization, revista de pesquisa sobre o mercado industrial, revelou que a água privatizada na França era 16% mais cara que a pública.

Privatização da Copasa

Conforme a Constituição Mineira, para privatizar uma estatal de relevante interesse público, como é o caso da Copasa, é necessário quórum qualificado (3/5) na ALMG e aprovação em referendo popular.

O governo Romeu Zema (Novo) pretende vender a empresa para a iniciativa privada e usar os recursos provenientes para abater parte da dívida de Minas Gerais com a União, de cerca de R$ 172 bilhões, em meio à adesão ao Plano de Pleno Pagamento de Dívidas do Estados (Propag), do governo federal.

Para agilizar a privatização, o governador busca retirar a necessidade de referendo, por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que já foi aprovada em primeiro turno na Assembleia.

Já o Projeto de Lei (PL) 4380/2025 trata propriamente da privatização da Copasa e aguarda decisão sobre a retirada do referendo para avançar.

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