População estende faixas contra a privatização da Copasa em BH
Governo Zema alega que a privatização da Copasa é necessária para que o estado faça a adesão ao Propag, que vai equacionar as dívidas com a União
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A pressão do governador Romeu Zema (Novo) para aprovar o fim da consulta popular para privatizar empresas estatais, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), foi alvo de críticas da população em faixas estendidas pela Avenida Cristiano Machado nesta terça-feira (21/10).
"Zema respeite o povo mineiro. A Copasa é nossa!" e "Água é vida. A Copasa não pode ser vendida", moradores se queixaram da possibilidade de privatização da empresa.
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A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou hoje duas das seis reuniões exigidas para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023 seja votada na Casa. A intenção dos deputados governistas é que toda a parte burocrática seja feita até o final desta semana, para que o texto seja votado na próxima semana.
O governo argumenta que a privatização é necessária para que seja feita a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). A medida é para amortecer 20% da dívida que o estado tem com a União, superior a R$ 170 bilhões, o que abateria dois pontos percentuais dos 4% dos juros anuais.
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A oposição alega que a privatização vai aumentar as tarifas, deixar mais pessoas desempregadas e piorar o serviço. Além disso, há uma desconfiança de que, entre os documentos relativos à Codemig, que o governo mineiro colocou em sigilo por 15 anos, esteja uma avaliação da empresa estatal que poderia já ter abatido o percentual necessário da dívida.