Em meio a silêncio de Lula, PT condena declarações de Trump sobre Venezuela
Presidente dos EUA confirmou que autorizou ações secretas da CIA no país comandado por Nicolás Maduro
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A Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores condenou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (16/10), as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Venezuela.
O posicionamento surge em meio ao silêncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o caso. Nessa quarta-feira (15/10), Trump confirmou que autorizou ações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) no país comandado por Nicolás Maduro.
“As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (...) são uma afronta à soberania do país sul-americano e uma violação do Direito Internacional. É uma iniciativa inaceitável e deplorável”, diz o texto do PT.
Conforme a imprensa dos EUA, o governo Trump tem como alvo os cartéis de drogas da Venezuela e, como objetivo final, depor Maduro. Nos últimos meses, militares americanos têm aumentado a presença nas águas do Caribe, ato que o PT considera “uma prática inadmissível, sem base legal e sem qualquer processo investigativo”.
O partido de Lula ainda argumenta que a CIA “tem um longo histórico de patrocínio e articulação de ações ilegais e desestabilizadoras em países da América do Sul” e, por isso, em defesa “dos princípios da não ingerência e da autodeterminação”, condena a postura em relação à Venezuela.
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Lula e Trump
Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos protagonizaram uma surpreendente aproximação nos últimos meses. Após se encontrarem na Assembleia-geral da ONU, os líderes iniciaram um diálogo sobre o tarifaço de 50% imposto pelo governo de Trump a produtos brasileiros.
Lula e Trump conversaram por videoconferência para iniciar a negociação que, agora, está sendo conduzida por intermediários. Nesta quinta-feira (16), o ministro de Relações Internacionais do governo brasileiro foi à Casa Branca, em Washington D.C., para se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.