Visando a reeleição, Lula volta a Minas nesta semana
Estado considerado síntese é o terceiro mais visitado pelo presidente este ano, perdendo apenas para São Paulo e Rio de Janeiro
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Siga noDe olho no segundo maior colégio eleitoral do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros têm intensificado suas agendas em Minas Gerais. O estado é o terceiro mais visitado pelo presidente neste ano, atrás somente de São Paulo e Rio de Janeiro. O aumento das visitas faz parte de uma estratégia do chefe do Executivo federal de reverter sua desaprovação, em Minas Gerais.
Apontam as estatísticas que quem ganha as eleições no estado vence também nacionalmente, com resultados similares aos das urnas mineiras. Desde 1989, quando ocorreu a primeira eleição direta após o fim da ditadura militar. Quem venceu em Minas Gerais ocupou a Presidência da República.
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O estado é comandado por Romeu Zema (Novo), um dos governadores que mais rivaliza com o presidente Lula, e já oficialmente lançado pelo seu partido como pré-candidato a presidente da República. Lula tem interesse em fazer o sucessor de Zema.
Para isso, aposta na candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD) ao governo do estado, tendo como candidata a vice Marília Campos, pela quarta vez prefeita de Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, a terceira maior cidade do estado. Pacheco ainda não bateu o martelo, mas é presença confirmada em todas as agendas de Lula no estado.
Além disso, os números da aprovação do presidente em Minas Gerais ainda não são bons para quem almeja a reeleição, apesar de as últimas pesquisas de intenção de voto apontarem uma melhora no desempenho do petista.
De acordo com a série de levantamentos feitas pela Genial/Quaest, entre os mineiros, a aprovação de Lula passou de 35% em julho para 40% e a desaprovação, no mesmo período, caiu de 63% para 59%.
A avaliação entre os eleitores mineiros ainda é pior do que os números nacionais. Conforme as pesquisas da Genial/Quaest, em agosto, teve a melhor taxa de aprovação como presidente da República desde o início do ano. Hoje, 46% aprovam e 51% desaprovam o governo Lula, uma diferença de apenas cinco pontos percentuais. Em julho, essa diferença era de dez pontos.
AGENDAS MINEIRAS
Não é à toa portanto que, desde o começo do ano, Lula tenha vindo a Minas Gerais em seis oportunidades, algumas vezes visitando mais de uma cidade no mesmo dia, caso de Contagem e de Montes Claros, (Norte de Minas). Ele já esteve também em Campo do Meio, (Sul de Minas), em Betim, (Região Metropolitana), e Minas Novas (Vale do Jequitinhonha). E volta agora a Belo Horizonte para visita no Aglomerado da Serra, maior favela da capital mineira, na Região Centro-Sul da capital mineira.
Com a nova vinda de Lula a Belo Horizonte, prevista para a próxima quinta-feira (4/9), o estado vai subir para o segundo lugar no ranking dos mais visitados pelo chefe do Executivo, empatando com o Rio de Janeiro. O estado que mais recebeu o presidente foi São Paulo, onde Lula já esteve, somente em 2025, 11 vezes.
Minas Gerais, principalmente Belo Horizonte, também tem sido visitada com frequência pelos ministros, que já estiveram no estado para compromissos oficiais ao menos 13 vezes este ano em agendas isoladas, sem a presença de Lula. A maior presença é a dos ministros da Saúde, Alexandre Padilha e sua antecessora, Nísia Trindade, que já vieram ao estado cinco vezes neste ano.
Também o ministro dos Transportes, Renan Filho, já marcou presença cinco vezes em Minas, sem contar as visitas feitas conjuntamente com o presidente Lula. Padilha tem vindo ao estado divulgar, entre outras ações, ampliação de cirurgias e consultas especializadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também tem aproveitado para se reunir com prefeitos para ouvir as demandas. Já o ministro dos Transportes tem investido em agendas de divulgação de investimentos para melhoria das estradas federais que cortam o estado.
“GÁS DO POVO”
Em sua próxima agenda no estado, Lula vai lançar o Gás do Povo, um novo programa idealizado pelo ministro Alexandre Silveira, que vai substituir o antigo Vale-Gás. O novo programa vai pagar um botijão de 13kg para 15,5 milhões de famílias de baixa renda. A visita foi articulada por Alexandre Silveira e é uma das apostas do governo federal na área social, junto à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, em tramitação no Congresso Nacional. O Gás do Povo vai ser instituído por medida provisória.
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O presidente também vai anunciar a liberação de cerca de R$ 300 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a compra, pela Prefeitura de Belo Horizonte, de cem ônibus elétricos para a frota do transporte coletivo municipal.