Jornalista bolsonarista diz que EUA vai cancelar vistos de celebridades que apoiam 'ações anti-americanas' crédito: Redes sociais
O jornalista bolsonarista Paulo Figueiredo publicou, nesta terça-feira (19/8), no X, antigo Twitter, que os Estados Unidos passarão a barrar vistos de quem manifeste posições antiamericanas e que brasileiros como o influenciador Felipe Neto, a deputada Erika Hilton (Psol) e a cantora Anitta podem ser afetados.
Neto de João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar no Brasil, Paulo se referiu à deputada Erika Hilton de forma transfóbica, utilizando pronome masculino, e sugeriu que Anitta não poderia mais se apresentar em solo norte-americano. “É bom ficar na moral, se não pode esquecer fazer show por aqui, viu Anitta?”, ironiza.
É oficial: EUA passarão também a barrar vistos a quem manifeste posições anti-americanas. Vale também para parlamentares e celebridades. Nada mais de passeio em NY do Eriko Hilton, Felipe Neto, etc. É bom ficar na moral se não pode esquecer fazer show por aqui, viu Anita? Grato.
Paulo, que atualmente reside nos Estados Unidos, se refere ao anúncio feito no perfil oficial da Casa Branca no X, nesta terça, que confirma a ampliação das checagens feitas pelo Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS).
Uma escalada de tensão entre Estados Unidos e Rússia nas últimas semanas tem provocado medidas temerárias dos dois lados. Freepik/fabrikasimf
No dia 1º de agosto, Donald Trump anunciou o deslocamento de dois submarinos nucleares para uma região próxima à Rússia. Reprodução/TV Globo
A ordem veio em resposta a uma ameaça feita pelo ex-presidente russo Dmitri Medvedev sobre o uso do sistema nuclear "Mão Morta" (ou "Perimetr", em russo). Wikimedia Commons/Jürg Vollmer/Maiakinfo
Além de ex-presidente, Medvedev é o atual vice do Conselho de Segurança da Rússia. Wikimedia Commons/government.ru
A "Mão Morta" é uma espécie de "arma apocalíptica" que pode lançar mísseis automaticamente se as lideranças russas forem eliminadas em um ataque. Reprodução/sputiniknews.com
A escalada nas tensões começou após Trump exigir um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia em até 10 dias, sob pena de novas sanções. Reprodução/TV Globo
Na ocasião, Medvedev respondeu acusando os EUA de agir com ordens. Nas palavras dele, "cada novo ultimato é uma ameaça e um passo em direção à guerra; não entre a Rússia e a Ucrânia, mas com o país dele". Wikimedia Commons/Government.ru
Em retaliação, Trump o chamou de "fracassado" e alertou sobre as consequências de suas palavras. Reprodução/YouTube
O sistema "Mão Morta" foi desenvolvido durante a Guerra Fria e funciona em três etapas: Reprodução
Primeiro, os sensores detectam um ataque nuclear. Depois, ele tenta contatar líderes militares e políticos. Por fim, se ninguém responder, mísseis nucleares são lançados automaticamente. StockSnap/Pixabay
Embora envolto em sigilo, especialistas acreditam que o sistema foi aprimorado e permanece ativo até os dias de hoje. Maciej Ruminkiewicz/Unsplash
Trump justificou a movimentação dos submarinos como medida de precaução, destacando que Medvedev "tem uma boca solta". Reprodução/TV Globo
“Ele não deveria ter dito isso. Ele tem uma boca solta. Já disse outras coisas antes também. Então, queremos sempre estar preparados”, disse o presidente norte-americano. Gage Skidmore/Wikimedia Commons/
“Enviei dois submarinos nucleares para a região. Só quero ter certeza de que as palavras dele são apenas palavras, nada além disso", acrescentou Trump. Reprodução/TV Globo
Em um canal no Telegram, Medvedev declarou: “Trump deveria se lembrar de como a lendária ‘Mão Morta’ pode ser perigosa”. Reprodução/TV Globo
A medida dos EUA também intensifica o clima de alerta entre países da OTAN, que temem um conflito mais amplo na Europa. Wikimédia Commons/Dave Jenkins
Embora hoje tenha pouca influência real dentro da Rússia dominada por Putin, Medvedev continua a usar redes sociais para fazer provocações contra líderes ocidentais. Wikimedia Commons/Government.ru
A guinada de Medvedev contrasta com sua atuação no passado: durante seu mandato, de 2008 a 2012, buscou aproximação com os EUA, era visto como símbolo de modernização e chegou a visitar o Vale do Silício. Flickr - The White House
Após retornar ao cargo de primeiro-ministro em 2012, foi gradualmente afastado do centro do poder, especialmente após a ascensão dos “siloviki” — grupo ligado aos militares e à segurança. Wikimedia Commons/kremlin.ru
Segundo o comunicado, o “antiamericanismo” será considerado critério na hora de analisar solicitações de visto e outros benefícios para imigrantes. “Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam e promovem ideologias antiamericanas”, declara o porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser.