Deputado paulista critica Trump e é expulso de partido de Bolsonaro
Deputado federal Antonio Carlos Rodrigues foi expulso do PL após classificar Lei Magnitsky contra Moraes como o 'maior absurdo'
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Siga noO PL decidiu expulsar o deputado Antonio Carlos Rodrigues (SP) por ter, no entendimento do partido, atacado o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, responsável pelo tarifaço de 50% a produtos brasileiros e pelas sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes.
Ambas as medidas foram tomadas após uma campanha de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA para salvar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe, entre outros crimes.
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Apesar de defender a liberdade de expressão, o partido atendeu à pressão da bancada, segundo nota do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
"A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho", diz o texto.
"Trump é o presidente do país mais forte do mundo. O que precisamos é de diplomacia e de diálogo, não de populismo barato, que só atrapalha o desenvolvimento da nossa nação. Chega de arrumar confusão. Temos que arrumar o Brasil", diz ainda o texto.
Antonio Carlos Rodrigues está no primeiro mandato na Câmara, foi ministro dos Transportes na gestão Dilma Rousseff (PT) e foi vereador em São Paulo por quatro mandatos. Ele foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até a publicação.
Em entrevista ao Portal Metrópoles nesta quarta-feira (30/7), Rodrigues classificou a adoção da Lei Magnitsky contra Moraes como um absurdo. Na sequência, o parlamentar criticou a interferência de Trump na política brasileira.
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“É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo”, afirmou.