'Lula enche bolso de banqueiros, enquanto fragiliza a população, diz Ciro'
Pedetista criticou novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado anunciado por Lula
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Siga noO ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) foi às redes sociais nesta quinta-feira (13/3) criticar o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), batizado de "Crédito do Trabalhador".
Gomes alega que a medida, que vai valer para contratos celebrados a partir de 21 de março, poderá comprometer o FGTS dos trabalhadores e enriquecer ainda mais os banqueiros.
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"Ele vai estatizar os riscos dos empréstimos consignados dos trabalhadores da iniciativa privada no mesmo passo em que, desavergonhadamente, deixa frouxo, livre para os bancos cobrarem a taxa de juros que bem entenderem e quiserem", argumenta o pedetista.
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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo deve permitir que 10% do saldo do FGTS e a multa rescisória no momento da demissão sem justificativa sirva como garantia ao empréstimo. Medida criticada por Ciro Gomes, que ele acusa de ser privatista.
"O dinheiro vai parar no bolso insaciável dos banqueiros. Pelas regras que Lula está ditando, um trabalhador da iniciativa privada vai dar parte substantiva do seu FGTS para o cartel dos bancos. Seja nos juros escorchantes. Está se falando em até 40% ao ano, seja entregando sua poupança, seu FGTS da vida toda, como garantia se não puder pagar os empréstimos", alertou.
A intenção da medida de Lula é buscar reverter a baixa popularidade que vem atingindo o seu terceiro mandato. É esperado que as taxas do crédito, que tem como alvo todos que possuem carteira assinada e microempreendedores individuais (MEIs), possam chegar próxima ao que é cobrado do setor público, média de 23,8% anual. Atualmente, os empréstimos consignados do setor privado são de 40,8% por ano e, no caso do pessoal, pode superar o 100% anual.