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8 DE JANEIRO

Câmara de BH aprova envio de pedidos de anistia para Congresso

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acompanhou a votação acalorada em Belo Horizonte

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A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou duas moções que serão enviadas aos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, Hugo Motta (Republicanos) e Davi Alcolumbre (União), respectivamente, em que o Legislativo municipal se posiciona a favor da anistia aos presos dos atos golpistas do 8 de janeiro. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) esteve presente na sessão, ao lado do deputado federal Domingos Sávio, presidente do PL em Minas Gerais. Os pedidos, protocolados pelo vereador Uner Augusto (PL), foram votados nesta quinta-feira (13/3). 

Com discussões acaloradas nos microfones do plenário, cada grupo contou com sua “torcida”. De um lado, gritos de “Anistia já” e “Lula ladrão”, competindo em volume contra o outro flanco, que dizia “Sem anistia” e “Uh, vai ser preso”, se referindo à acusação de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pablo Almeida representou Uner Augusto, que se ausentou por motivo de luto na família. “Uma aplicação absurdamente desproporcional da Justiça em relação às pessoas que não têm antecedente criminal, não participaram de atos violentos e sequer foram devidamente identificadas como responsáveis diretas por depredações. Uma pessoa que escreveu ‘Perdeu, mané’ na estátua não pode ficar presa por 17 anos”, afirmou em discurso enviado pelo autor do projeto. 

Helton Júnior (PSD) defendeu que a anistia é uma pauta que compete ao Judiciário federal. “Tem pessoas que são muito bem pagas para debater isso. Os trabalhadores da educação estão em greve, os pais me procuram para falar que os filhos estão sem aulas, e nós estamos aqui gritando ‘sem anistia’. Nós somos vereadores de Belo Horizonte”, disse.

Bate-boca

O vereador Bruno Pedralva (PT) defendeu a condenação dos participantes dos atos golpistas em Brasília. "(Jair) Bolsonaro é responsável pelos atos, que foram organizados e financiados pelo empresariado. Eu dei uma Constituição para o Nikolas e cada ‘filhote’ de Nikolas aqui nessa Câmara", afirmou.

Fernanda Pereira Altoé (Novo) alfinetou Pedralva no púlpito. “O Supremo Tribunal não tem competência para julgar os condenados pelo 8 de janeiro. A Justiça está acabando com esse país. Tem vereador nesta Casa que entrega Constituição sem nunca ter aberto uma”, disse.

Pedro Rousseff (PT) aproveitou o tempo de fala para atacar o deputado federal. “Nos últimos dias, ele vem falando mal do Bolsonaro, seu próprio padrinho. Nikolas Ferreira nasceu das ‘bolas’ do Bolsonaro, agora muda de lado”, disse.

Vile (PL) saiu em defesa do correligionário e disse que Rousseff teria “afinado a voz” no plenário. “Quer matar o Lula? Coloca uma cachaça na ratoeira. Tinha que te arrumar um cargo e te mandar lá para China igual fizeram com a sua tia”, afirmou o parlamentar, fazendo referência à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que vive na China, atualmente comandando o Brics. 

A vereadora Iza Lourença (Psol) acusou Vile de ter “levantando a voz” para ela e “batido na mesa”, em que ela estava durante sua fala. A situação recebeu intervenção do presidente da Casa, Juliano Lopes, após um pedido da parlamentar. 



Protesto

Enquanto parlamentares seguem a orientação de Bolsonaro para concentrar o protesto do próximo domingo (16/3) em Copacabana, no Rio de Janeiro, parte das lideranças que não se alinham integralmente ao ex-presidente defende um ato "Fora Lula" na Praça da Liberdade, no mesmo dia. Nikolas Ferreira, que se indispôs com a família Bolsonaro ao afirmar que estava apoiando a manifestação na capital mineira, iria ao Rio de Janeiro. 

Ao Estado de Minas, Nikolas minimizou os atritos com o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Você já brigou com sua esposa, e eu não posso brigar com meu presidente? É claro que eu queria atos ‘Fora Lula’ em todo o Brasil, mas acredito na experiência política dele. Vamos nos concentrar no Rio de Janeiro pela anistia”, afirmou. 

O presidente do partido em Minas, Domingos Sávio, reforçou que o ato oficial será no Rio de Janeiro. “Já fiz minha reserva, não vamos organizar nenhum tipo de ônibus com apoiadores ou algo do tipo, mas quem puder ir, vá”, pontuou. 

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Embate na CLJ 

Vile, Uner Augusto e Pedro Rousseff já estiveram em outro embate na Comissão de Legislação e Justiça (CLJ) sobre os condenados do 8 de janeiro. O petista protocolou um projeto de lei que veda a nomeação de pela Administração Pública Direta e Indireta de Belo Horizonte de pessoas condenadas pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. À frente da comissão, Uner designou Vile para a relatoria do texto, que concluiu pela ilegalidade da proposição de Rousseff.

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